Política
Publicado em 20/07/2015, às 19h11 Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)
Aliados do governo aproveitaram o momento de tensão, causado pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após o rompimento com o governo Dilma, para defenderem mudanças na articulação política dos partidos, fazendo crescer o nome do ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT), para ocupar a Casa Civil, no lugar de Aloizio Mercadante (PT-SP). Nesta segunda-feira (20), o ex-governador da Bahia falou sobre o assunto.
A saída de Mercadante foi defendida por alguns peemedebistas e até pelo ex-presidente Lula. Mercadante não assume papel de articulador político, mas é mal visto por atrapalhar algumas questões do Congresso com o governo. Os dois fariam uma troca: Wagner na Casa Civil e Mercadante na Defesa. Wagner já é conhecido por ser articulador e apaziguador.
Wagner desconversa. Em entrevista a jornalistas, na manhã de hoje, o petista minimizou. “Na minha opinião, esse assunto está por conta do anedotário da política. Como meu nome está sendo incluído, não vejo nem sinal de fumaça”, disse.
O deputado federal baiano, Daniel Almeida (PCdoB), reforçou as críticas ao ministro Mercadante e defendeu a ida de Wagner para a pasta. “São evidentes as relações de desconforto entre a base aliada e [Aloizio] Mercadante. Fico sempre com a impressão que o gabinete da presidente precisa expressar mais as questões do Brasil. Está muito paulista. Acho que a figura do Wagner expressaria os estados que mais deram voto à presidente”, aponta.
No entanto, o aliado diz que não acredita que a mudança venha ocorrer nos próximos dias. “A presidente, e até Wagner, não tem esse perfil de fazer algo por pressão, mas o perfil dele [Wagner] ajudaria num momento como esse”, reforça.
A previsão é que o recesso esfrie o fogaréu causado por Cunha. Dentre as pautas para o segundo semestre está a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que norteia o Orçamento Geral da União, e deve ocorrer no dia 3 de agosto. A proposta recebeu nada menos do que 3.027 emendas.
Outra pauta-bomba que aguarda o retorno das atividades parlamentares é a instalação de seis Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) – incluindo a do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a dos Fundos de Pensão –, como também a avaliação dos requerimentos de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e a votação de duas propostas que são consideradas importantes para ajudar a aumentar os cofres do Tesouro.
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