Política

Aliado de Cunha, pastor Everaldo diz que instituições não podem ser agredidas

Publicado em 18/07/2015, às 15h26   David Mendes (Twitter: @__davidmendes)



O vice-presidente nacional do PSC e ex-candidato à presidência da República, pastor Everaldo Pereira, aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, defendeu na manhã deste sábado (18), durante discurso para uma plateia de sociais-cristãos no encontro estadual do partido, em Salvador, respeito às instituições públicas do país.

“Estamos em um estado de direito que tem suas leis, tem as suas instituições. Não podemos agredir as instituições, não podemos burlar aquilo que está estabelecido como norma. Tem que seguir o ritual do estado de direito democrático”, disse.

O pastor da Assembleia de Deus, a maior denominação evangélica do País, afirmou ser contra o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “Alguns pedem impeachment já. Mas ainda não temos substâncias concretas para ser efetivado. Mas, a hora que estiver fato concreto pode estar certo que o PSC não fugirá da luta e estará a favor do Brasil”.

No feriado de Corpus Christi, no inicio de junho último, pastor Everaldo foi convidado por Eduardo Cunha a integrar a comitiva do presidente da Câmara que viajou para Israel, Palestina e Rússia. A viagem internacional custou aos cofres públicos R$ 347 mil, segundo o jornal Folha de S. Paulo

Pastor Everaldo disputa a presidência nacional do PSC e, esta semana, o atual dirigente Vitor Nósseis encaminhou ofícios ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao Banco do Brasil e à Polícia Federal acusando Everaldo e o secretário-geral do partido, Antônio Oliboni, de irregularidades, entre elas a prática de “caixinha”.

Segundo informações da revista Época, à PF, Nósseis afirma que os dois obrigam funcionários a devolver ao partido e a deputados parte dos seus salários. “A prática consiste em contratar funcionários mediante pagamento de salário e ao final do mês os funcionários têm o dever de devolver ao partido ou ao deputado a que este suposto funcionário encontrara (sic) lotado, valores que variam de 50% a 80% do valor do salário”, escreve Nósseis. Ao BB e ao TSE, o dirigente nacional alega que Oliboni “apropriou-se de maneira indevida” de um talão de cheque do PSC e pede o bloqueio do fundo partidário e de todas as contas correntes e popanças da sigla. O pastor não comentou sobre as acusações. 

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