Política

Rui considera 'infeliz' declaração do corregedor da PM

Publicado em 06/07/2015, às 19h34   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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A declaração do corregedor-chefe da Polícia Militar, coronel Souza Neto, de que “se toda denúncia tivermos que afastar não teremos PMs nas ruas” revoltou muita gente solidária ao editor do site Bocão News, Marivaldo Filho, que sofreu agressões por policiais militares, na noite deste sábado (4). Ao Bocão News, o governador Rui Costa classificou como “infelizes” as declarações.

O governador afirmou que policial deve agir dentro da lei e cada um precisa medir a força necessária para cada situação. “Não vi as declarações, mas se alguém, independente de ser corregedor, disser isso eu vou considerar infeliz porque policial tem que agir dentro da lei e a lei fala que o policial tem que definir a medida da força necessária para cada momento. Se é um simples segurar ou outros movimentos para conter uma situação de conflito. Obviamente não cabe a um policial uma atitude de violência contra alguém que tenha um comportamento pacífico. Acho que polícia não é sinônimo de violência, é sinônimo de firmeza mas dentro da lei”, defendeu.

Ao ser questionado sobre a exoneração do policial que matou um cachorro em Teixeira de Freitas, mas aos soldados da agressão do jornalista estarem soltos, o governador ponderou. “Cada situação é uma situação. Policial precisa ter equilíbrio emocional. Portar uma arma, um escudo da polícia requer equilíbrio emocional. O caso do policial que matou o cachorro mostrou um desequilíbrio. Qualquer situação que tenha uma desproporcionalidade na medida da força para uma situação que não precisa, na minha opinião não deve vestir a farda e precisa passar por um treinamento”, disse.

Rui Costa assegurou que já pediu ao comandante geral da PM, Anselmo Brandão, a recapacitação de policiais militares. “Já pedi ao comandante que faça a capacitação para consolidar essa a nossa orientação de atuação do marco legal e que cada situação é uma situação, vai depender muito de como o policial é recebido e da situação. Serei sempre um defensor da ação policial se estiver dentro do marco da lei, quando não estiver terá condenação”, finalizou.

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