Política

Dois políticos baianos estão em meio a requerimentos da CPI da Petrobras

Publicado em 12/06/2015, às 08h25   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Em meio a 140 requerimentos aprovados ontem pela CPI da Petrobras, dois deles têm políticos baianos como protagonistas. O de número 847, assinado pelo deputado paulista Carlos Sampaio (PSDB), solicita acareação entre o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli e o ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, delator do esquema da Lava Jato. A intenção é esclarecer pontos dos depoimentos de ambos.

Gabrielli veio aqui (à CPI)  e disse que a corrupção na empresa era externa. O Paulo Roberto garantiu à comissão que era institucionalizada, inclusive com detalhes sobre partidos e percentuais de propina. Será um momento para pôr as declarações à prova”, explica o vice-presidente da CPI, Antônio Imbassahy (PSDB). O segundo requerimento aprovado pede a convocação do ex-ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage.

No caso de Jorge Hage, a CPI vai apertá-lo sobre a denúncia feita pelo executivo inglês Jonathan Taylor em depoimento à comissão, no último dia 19, em Londres. Na ocasião,  o ex-diretor da SBM Offshore, empresa que confessou ter pago propina a funcionários graduados da estatal,  afirmou ter entregue à CGU provas da corrupção em 27 agosto, mas que o órgão, à época chefiado por Hage, só abriu investigações contra a SBM em 12 de novembro do ano passado, duas semanas após o segundo turno das eleições presidenciais.

Antônio Imbassahy afirma que as datas da acareação de José Sérgio Gabrielli e Paulo Roberto Costa, bem como da convocação de Jorge Hage, serão definidas nos próximos dias entre ele e o presidente da CPI, Hugo Motta (PMDB-PB). Os deputados devem aproveitar o tête-à-tête de Costa com Gabrielli para ressuscitar a compra da petroquímica paulista Suzano pela Petrobras, em 2007.  Em delação premiada, Costa disse que Gabrielli ordenou, unilateralmente, a aquisição por um preço muito acima do patamar mínimo estabelecido pela estatal. As informações são da coluna Satélite, do Correio.

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