Política

Gastos do governo com contratação temporária são excessivos

Publicado em 27/04/2011, às 16h15   Redação Bocão News



O governo anunciou o corte de R$ 1,1 bilhão no orçamento do estado de 2011 que vai afetar, segundo as denúncias, várias áreas importantes. Apesar disso, o governador Jaques Wagner está criando quatro novas secretarias que só se justificam para atender  interesses políticos e irão consumir alguns milhões de reais dos cofres públicos com a estrutura de mais de 170 cargos.

Mesmo diante dessa realidade, o cenário traçado pelo secretário estadual da Fazenda, Carlos Martins, durante apresentação, nesta terça-feira (26), na Assembleia Legislativa, das contas do último quadrimestre do governo foi o retrato de uma Bahia que avança e cresce sem problemas.

Mas não é assim que pensa o presidente do Democratas na Bahia, José Carlos Aleluia, para quem ao invés de ficar jogando para a platéia e fazer promessas que não serão cumpridas, o secretário deveria  explicar por que os gastos com prestação de serviços de terceiros – pessoa física no primeiro mandato do governo Jaques Wagner foram concentrados justamente nos anos eleitorais de 2010 e 2008.

Com base em dados disponíveis no Sistema de Informações Contábeis e Financeiras (Sicof), o líder oposicionista informou que, do total de R$ 572,1 milhões despendidos no quadriênio de Wagner, R$ 335,9 milhões, o equivalente a 61,5%, foram gastos em 2008 e 2010, coincidentemente anos de campanha eleitoral.

De acordo com Aleluia, em 2008, as despesas com a prestação de serviços de terceiros foram de R$ 155,6 milhões. Em 2010, chegou a R$ 196,3 milhões. Enquanto em 2007 e 2009, os gastos foram de R$ 80,5 milhões e R$ 139,6 milhões.

Para Aleluia, o  que mais causa indignação é a “desfaçatez do secretário da Fazenda ao tentar justificar a excessiva despesa com a prestação de serviços de terceiros – pessoa física, alegando que os recursos foram gastos na área da educação. “Não há controle sobre esse tipo de contratação temporária e o Ministério Público precisa investigar se o governo não se valeu disso para se beneficiar nos períodos eleitorais”.

Aleluia destaca que os gastos milhões com prestação de serviços de terceiros- pessoa física do primeiro mandato do governo Jaques Wagner foram mais do que o dobro do despendido na gestão de Paulo Souto. “O secretário Carlos Martins não explica o aumento de 162,7% nessas despesas durante o governo petista. Paulo Souto, entre os anos de 2003 e 2006 gastou bem menos: R$ 217,7 milhões. O Ministério Público precisa abrir os olhos para o governo Wagner”.

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