Política
Publicado em 15/04/2015, às 16h18 Redação Bocão News (@bocaonews)
O ministro da Defesa Jaques Wagner (PT) afirmou, na manhã dessa quarta-feira (15), que não vê motivos para que o tesoureiro do PT João Vaccari Neto se afaste das funções ou do partido.
O ex-governador da Bahia afirmou que não é favorável à tese de que basta uma denúncia para se afastar as pessoas.
“Eu não vejo motivo [do afastamento de Vaccari], a não ser se ele for impedido de exercer o cargo dele, até que tenha uma conclusão definitiva do caso. Não sou muito do estilo de que, na suspeita, a gente vá logo afastando as pessoas”, afirmou o político, em entrevista ao jornal O Globo. Wagner afirmou que dava sua opinião como petista e não como governo, uma vez que avalia que há uma independência dos poderes já que a investigação está sendo feita pelo Ministério Público Federal e pela Justiça Federal.
O ministro disse ainda que esse episódio não é algo isolado e que demonstra que há problemas estruturais na política brasileira, que precisa ser revista com a reforma política. Ele citou alguns pontos que precisam ser alterados, como financiamento de campanha, as coligações proporcionais, o comércio do tempo de televisão e a diminuição dos custos de campanha.
“A política não pode ser caso de polícia. Se ela está assim, há algo errado, temos que mudar. A máquina de fazer política no Brasil está aliciada”, disse.
Questionado se esse novo episódio aumenta a pressão sobre a presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner afirmou que não.
“Se tem alguém que está distante disso tudo, esse alguém se chama Dilma Rousseff. Algumas coisas simplesmente não colam, mesmo que a oposição queira. Parte dos problemas políticos que ela enfrenta é justamente pela sua rigidez e sua dureza nas relações políticas”, confirmou.
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