Política

Não são 100 dias, mas 3020 dias, avalia Oposição na Alba

Publicado em 13/04/2015, às 19h27   David Mendes (Twitter: @__davidmendes)



O governador Rui Costa (PT) completou 100 dias, na última sexta-feira (10), à frente do comando do Estado. Eleito nas eleições do ano passado com 3,5 milhões de votos, ou 54,53% dos sufrágios válidos, o petista assumiu o governo no dia 1º de janeiro deste ano, após oito anos de gestão do ex-governador Jaques Wagner (PT), seu padrinho político. 
Ao avaliar os primeiros 100 dias da terceira gestão petista na Bahia, a oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) afirmou que os baianos não têm o que comemorar. Opositores, como o líder dos contrários na Casa, deputado Sandro Régia (DEM), subiram à tribuna do parlamento baiano nesta segunda (13) para avaliar os três meses e dez dias desde que Rui Costa sucedeu Wagner. O democrata leu manchetes veiculadas na imprensa nesta segunda e mostrou fatos que apontariam o que chamou de “ineficiência do governo Rui Costa”.
O parlamentar demista apontou exemplos como a saúde no estado, onde servidores prometem paralisar as atividades porque não tiveram o reajuste salarial - a data base do funcionalismo é em janeiro. Na segurança pública, com casos como o do delegado de Santa Bárbara, queixando-se da invasão à delegacia do município, o que mostraria a deficiência do estado no setor. "Esse governo que se autodomina ‘correria’ é o governo do continuísmo, dos mesmos problemas e das mesmas desculpas", criticou Régis, ao afirmar que o termo “correria” só se aplica quando trata-se de fazer propaganda. "É vagareza para as soluções", ironizou, em alusão ao apelido dado ao seu antecessor.

Deputados da bancada de oposição na Alba afirmam que baianos não têm o que comemorar
O deputado Adolfo Viana (PSDB) afirmou que o governo, após 100 dias, continua com os mesmos defeitos. "Não evoluímos em absolutamente nada. Segurança continua um caos, saúde da mesma maneira e na educação nada foi feito" criticou. 
Já o deputado Hérzem Gusmão (PMDB) acusou a atual gestão de acabar com a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agropecuário (EBDA), com 31 Diretorias Regionais de Saúde (Dires), e se prepara para entregar à iniciativa privada a Empresa Baiana de Alimentos (Ebal). Para o peemedebista, a nova gestão petista no Estado não tem uma ação que mereça destaque nos setores que mais angustiam a população. 
Pelas contas do deputado Hildécio Meireles (PMDB) não são apenas 100 dias, mas 3.020 dias do que chamou de "desgoverno do PT na Bahia". Segundo o parlamentar, não há o que comemorar. "Os índices de violência continuam a pontuar como os mais altos do país", apontou, ao informar que só nos primeiros dias de abril, 51 ônibus foram assaltados em Salvador. 
O deputado Fábio Souto (DEM) também destacou a violência no estado que, segundo o democrata, chegou à zona rural do municípios baianos, afetando, por exemplo, toda a região cacaueira, o que deixa preocupado os agricultores locais.

Classificação Indicativa: Livre

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