Política

Renato Duque quebra o silêncio e diz: minha esposa não esteve com Lula

Publicado em 20/03/2015, às 06h27   Redação Bocão News (@bocaonews)



O ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, deu a entender que permaneceria calado durante a Comissão Parlamentar de Inquérito da estatal. Mas, quebrou o silêncio para negar que sua mulher tivesse se encontrado com o ex-presidente da República, Lula.
“Minha esposa nunca esteve com o presidente Lula”, garantiu, ressaltando que estava contrariando o pedido do seu advogado para ficar calado na comissão. De acordo com a revista Veja, a esposa de Duque teria ameaçado denunciar o envolvimento do ex-presidente no escândalo. Ainda segunda a publicação,  a mulher do ex-diretor entrou em desespero com a prisão do marido em novembro de 2014 e, não podendo mais recorrer ao ex-ministro José Dirceu, procurou o braço-direito de Lula, Paulo Okamotto, que lhe prometeu resolver depressa a situação.
Em liberdade desde dezembro do ano passado, Duque foi detido novamente a pedido do Ministério Público, que o acusa de ter movimentado recursos no exterior mesmo depois de deflagrada a Operação Lava Jato.
Ofensa
Em outro momento da audiência, Renato Duque se ofendeu ao ser confundido com ex-gerente da Petrobras, Barusco.  “Não me confunda com Pedro Barusco”, disse.
Renato Duque disse isso durante pergunta feita pelo sub-relator da CPI, deputado Altineu Cortes (PR-RJ), que apelou para o exemplo de Barusco, que concordou em fazer uma delação premiada a respeito das irregularidades na Petrobras. “O senhor será marcado como um dos maiores corruptos do Brasil. Vai ser máscara de carnaval. O senhor está perdendo uma oportunidade. Sua esposa e seus filhos vão passar um grande constrangimento para o resto da vida”, disse o deputado, antes de chamá-lo de Barusco por engano.
Barusco, em depoimento à CPI, disse que começou a dividir propinas com Renato Duque em 2007, quando a Petrobras fez um contrato com a empresa holandesa SBM para o fornecimento de um navio-plataforma chamado P57, no valor de R$ 1,25 bilhão. Barusco era então gerente-executivo de Engenharia e recebeu 1% do total entre 2007 e 2010. Segundo ele, a propina paga pelas empresas contratadas pela Petrobras era dividida da seguinte maneira: metade ia para ele e Renato Duque e a outra metade ia para João Vaccari Neto, tesoureiro do PT. Barusco disse que, na época, era amigo de Duque. 
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Publicada no dia 19 de março de 2015, às 12h48

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