Política

Moro diz que propina continuou após Lava Jato: “É assustador”

Publicado em 17/03/2015, às 06h46   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)


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O juiz federal Sérgio Moro, que mandou prender preventivamente o ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque, afirmou em seu despacho que é "assustador" o fato de que as propinas continuaram no segundo semestre de 2014, meses depois da deflagração da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na estatal.

Moro destacou que o rastreamento bancário mostra que Duque "transferiu os saldos milionários das suas contas na Suíça para contas em instituições financeiras em outros países, entre eles o Principado de Mônaco", informou, segundo informações do Estadão.

Os valores em duas contas diferentes chegaram a 20.568.654,12 Euros, o equivalente a R$ 70 milhões, e já foram todos bloqueados pelo Principado, no Sul da França, que funcionou como paraíso-fiscal.

"Esses fatos encontram prova documental nos autos, inclusive a afirmação expressa das autoridades de Mônaco de que as duas contas são controladas por Renato Duque", apontou Moro. "Oportuno destacar que Renato Duque não declarou, à Receita Federal, qualquer valor mantido no exterior, que jamais admitiu perante o Juízo ou ao Supremo Tribunal Federal que teria contas no exterior, e ainda que o montante bloqueado é incompatível com os rendimentos que recebia como ex-diretor da Petrobras". 

Publicada no dia 16 de março de 2015, às 16h

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