Na manhã desta quinta-feira (12), em depoimento na CPI da Petrobras, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o incluiu na lista de investigados da Operação Lava Jato de forma “leviana” para criar “constrangimento”.
Cunha classificou os pedidos de abertura de inquérito da Procuradoria Geral da República (PGR) contra 47 políticos de “piada”, “escolha política” e tentativa de transferir a “crise” de um poder para o outro.
Apesar das fortes declarações, Cunha ganhou da maioria dos deputados presentes. Os parlamentares Carlos Sampaio (PSDB-SP), Arthur Oliveira Maia (SDD-BA) e Leonardo Picciani (PMDB-RJ) fizeram as primeiras considerações direcionadas ao presidente da Câmara. Eles criticam a oposição e elogiam a apresentação espontânea de Cunha na CPI.
Ainda durante depoimento, Cunha ouviu elogios de Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) por conta do posicionamento de Cunha diante às investigações apresentadas contra ele. "É para tentar atingir a Casa, mas não irão atingir em hipótese nenhuma", afirma o deputado.
Mendonça Filho (DEM-PE) e André Moura (PSC-SE) também criticaram a inclusão do nome do presidente da Câmara na lista do procurador geral, Rodrigo Janot. Moura afirma que essa é uma "tentativa clara para intimidá-lo". O líder do PSC complementou que "muito em breve vai ficar claro que vossa excelência não deveria estar na lista".
O deputado Ricardo Barros (PP-PR) se uniu ao coro dos outros deputados e parabeniza o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, pela atitude de se apresentar à Comissão para esclarecer os fatos.
Publicada no dia 12 de março de 2015, às 12h
