Política

CPI da Petrobras: Cunha chama critério do MPF de piada e ataca Janot

Publicado em 13/03/2015, às 06h00   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Alvo de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) no esquema da Lava-Jato, o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presta depoimento nesta quinta-feira (12), na CPI da Petrobras. Na oportunidade, Cunha fez a leitura da justificativa da abertura de inquérito contra ele que cita seu suposto envolvimento com o executivo da Toyo-Setal, Júlio Camargo, o ex-policial federal, Fernando Soares e o ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa.
No início da sua fala, antes de começar a responder as perguntas dos parlamentares, Cunha cita informações apresentadas contra ele que teriam surgido a partir de uma gravação supostamente forjada. Na mesma fala, ele complementa que os investigados pelo Ministério Público foram escolhidos de acordo com motivações políticas.
Ele lembrou que em depoimento prestado à PF, Alberto Youssef afirmou que "Careca" intermediava o pagamento de propinas para Eduardo Cunha e o executivo Julio Camargo. Ainda de acordo com o doleiro, "Careca" era o 'representante do presidente da Câmara na lavagem de dinheiro da estatal, sendo ele o suposto operador do PMDB.
"PMDB nunca teve operador. Senhor Fernando Soares nunca foi operador do PMDB", afirma Cunha ao falar sobre o envolvimento do partido no esquema de lavagem de dinheiro da Petrobras.
E continua: "isso é uma piada, isso realmente é uma piada",  afirma o presidente da Câmara ao questionar os critérios usados pelo Ministério Público Federal (MPF) para investigar os envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras. Segundo Cunha, os investigados foram escolhidos por motivações políticas.  
Cunha também atacou Rodrigo Janot e os procurados do Ministério Público sobre a forma para escolher os investigados: "Fomos escolhidos sim, pelo procurador e pela investigação. Colocar de uma forma irresponsável e leviana por escolha política na colocação de alguém para investigação é criar um constrangimento para transferir a crise do lado da rua para cá e nós não vamos aceitar”, critica Eduardo Cunha.
Publicada no dia 12 de março de 2015, às 11h09

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