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VÍDEO: Brasileiras presas injustamente na Alemanha têm malas recuperadas

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Vídeo mostra o momento em que a advogada Chayane Kuss de Sousa pegou os bens das brasileiras  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Redes Sociais
Lindaura Berlink

por Lindaura Berlink

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Publicado em 07/09/2023, às 17h33 - Atualizado às 18h02


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As brasileiras que tiveram as malas trocadas antes de embarcar e foram presas injustamente na Alemanha, recuperaram os pertences nesta quinta-feira (7). Kátyna Baía, 44, e Jeanne Paolini, 40, foram acusadas de tráfico internacional de drogas.

As mulheres foram presas em Frankfurt, cidade da Alemanha, acusadas de traficar 40 kg de cocaína e permaneceram detidas durante 38 dias e foram liberadas após a comprovação que eram inocentes.

"É impossível não reviver tudo que aconteceu em cada desdobramento da investigação, mas hoje marca mais um passo para o fim da nossa independência emocional desse trauma", afirmou Paolini, fazendo uma referência ao Dia da Independência no Brasil, em uma publicação nas redes sociais.

Em outro vídeo, elas falam sobre a importância da devolução dos pertences. "A entrega dos nossos pertences é muito importantes por questões pessoais, profissionais e também emocionais. É um dia de bastante emoção para nós", diz Baía.

A advogada das brasileiras, Luna Provazio, explicou que, segundo o promotor alemão, o processo só será encerrado quando as autoridades brasileiras enviarem, pelo Ministério da Justiça e das Relações Exteriores, as recentes decisões e mandados de prisão da ação penal que está em andamento em relação à quadrilha responsável pelo tráfico de drogas que atuava no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Relembre 

O caso virou alvo da Operação Iraúna, da Polícia Federal em Goiás, que prendeu seis suspeitos de participarem do esquema que muda a identificação de malas para enviar drogas ao exterior.

O método de ação dos narcotraficantes, segundo as autoridades, consiste em retirar aleatoriamente etiquetas de bagagens despachadas e colocá-las em malas contendo drogas. A operação já era de conhecimento da PF, que investigava a quadrilha desde 2019 e há suspeita de ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital).

Segundo a PF de Goiás, as malas de Kátyna e Jeanne foram conferidas e separadas da esteira, em uma área restrita, por dois funcionários. Eles retiraram a identificação, deixando apenas uma etiqueta com o peso das bagagens.

Na área de bagagens de viagens internacionais, um funcionário colocou as etiquetas das malas de Kátyna e Jeanne nas bagagens com drogas, aproveitando-se de um ponto cego nas câmeras. Todas as malas seguiram no voo para a Alemanha.

Duas mulheres chegaram ao aeroporto e entregaram as malas com cocaína a uma funcionária da Gol em um dos guichês, que admitiu fazer parte do esquema, segundo a TV Globo. A dupla deixou o aeroporto minutos depois.

A funcionária, segundo a emissora, é a pessoa que enviou as malas com droga para a área das bagagens. Procurada pela Folha, a companhia aérea disse que está à disposição das autoridades e que vai esperar a conclusão da investigação.

As malas com droga entraram na seção de bagagens de embarque doméstico, para evitar a fiscalização com raio X. De acordo com a PF, os itens foram, em seguida, desviados em um veículo para o terminal de voos internacionais.

As brasileiras foram presas em 5 de março, no aeroporto de Frankfurt, antes de terem contato com as bagagens.No total, seis pessoas foram presas. Todas, segundo o delegado Bruno Gama, responsável na Polícia Federal de Goiás pela investigação, são de uma empresa terceirizada do aeroporto de Guarulhos (SP).

A GRU Airport, que administra o aeroporto de Guarulhos, disse que a responsabilidade das bagagens, do guichê à aeronave, é das companhias aéreas. Afirmou ainda que a informação sobre os funcionários presos, que segundo a PF eram terceirizados de Guarulhos, cabia à Polícia Federal.

A Latam, companhia responsável pelo voo de Kátyna e Jeanne, disse que acompanha o caso e colabora com as investigações.

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