Salvador

Passarela do Iguatemi: assaltos, homicídios e assédios assustam usuários

Publicado em 08/05/2017, às 23h20   Diego Vieira


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Quem costuma frequentar a região do Terminal Rodoviário de Salvador, com certeza, já precisou atravessar a passarela que liga a rodoviária ao Shopping da Bahia. Além do centro de compras e do terminal de ônibus, a região, que passou a ser chamada de Iguatemi, abriga uma estação do metrô e diversos prédios empresariais, o que torna o local um dos mais movimentados da capital baiana. 
No meio de tanta gente que passa diariamente pela região, a passarela é o principal meio para se locomer de um lugar a outro. No entanto, quem passa por ela revela a sensação de insegurança. "Estou aqui todos os dias e ando sempre atenta. Não me sinto bem passando nessa passarela. Já ouvi e já vi muitos relatos de assaltos aqui", revelou uma vendedora ambulante que não quis se identificar.
Na última sexta-feira (5), uma mulher foi morta a facadas na passarela, no sentido rodoviária. Lucigleide Maciel de 

Jesus, 48 anos, foi atingida por diversos golpes de faca próximo às barracas dos ambulantes. Dois dias antes, um homem foi espancado e morto no mesmo local. Em ambos os casos, os autores dos crimes ainda não tinham sido presos até o fechamento desta matéria.

Já no dia 8 de fevereiro, um homem foi preso após estuprar uma mulher na passarela. Na ocasião, houve correria e pânico no local. Tiros foram ouvidos e alguns passageiros chegaram a se esconder dentro dos banheiros da rodoviária.

Após o episódio, leitores do BNews também mencionaram a sensação de medo ao atravessarem o equipamento. A insegurança foi relatada nos comentários publicados pelos seguidores do site nas redes sociais. Veja:
O equipamento, que passa por reforma desde a implantação da estação do metrô conta, atualmente, com uma estrutura temporária. Segundo os usuários, o modelo provisório instalado facilita a ação dos criminosos que agem no local mesmo com a presença de seguranças. "Isso aqui é um verdadeiro labirinto. Os seguranças só ficam na parte principal da passarela. Nunca vi nenhum segurança na parte provisória que é bastante estreita e fechada", disse uma vendedora que trabalha no shopping e utiliza a passarela todos os dias.
Em nota, a CCR Metrô Bahia, responsável pela vigilância em parte da passarela, informou que as ocorrências 
registradas na última semana aconteceram fora da área de atuação da equipe de vigilantes mantida pela concessionária nos pontos de ligação com o metrô. Segundo a empresa, a vigilância acontece por meio de rondas contínuas e tem como foco a garantia da livre circulação dos passageiros do metrô.
Referente a estrutura provisória, a CCR informou que a passarela definitiva será concluída em novembro e terá monitoramento contínuo com 28 câmeras ligadas ao Centro de Controle Operacional da CCR e ao Centro Integrado de Comando e Controle da Secretaria de Segurança Pública. Ainda de acordo com a concessionária, atualmente, existem câmeras de monitoramento no acesso ao metrô.
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Postado originalmente 13h29

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