Polícia

Bahia da Sorte é investigado pela Polícia Federal

Roberto Viana // Bocão News
Os policiais estiveram na manhã desta terça no escritório da Trilha Contabilidade  |   Bnews - Divulgação Roberto Viana // Bocão News

Publicado em 13/11/2014, às 06h41   Redação Bocão News (Twitter: @amandasantana


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Era cedo quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Trevo na capital baiana e em mais 12 estados, nesta quarta-feira (12). Um dos alvos da polícia foi a empresa de contabilidade Trilha Contabilidade, situada na Avenida Tancredo Neves, em Salvador.
O objetivo da operação é desbaratar uma quadrilha que agia em 13 estados da Federação, em atividades que se estendiam desde a prática do jogo do bicho e máquinas caça-níqueis até a emissão de bilhetes de loteria, travestidos como títulos de capitalização.
Segundo a PF, a organização criminosa era formada por três grupos: o Grupo Da Sorte, responsável por títulos de capitalização; A Paraibana, vinculada ao jogo do bicho, com sede no estado de mesmo nome e a Shock Machine, montagem de máquinas caça-níqueis, com sede em São Paulo.

A PF informou também que o Grupo Da Sorte é responsável por comandar o esquema mais complexo, que se estendia por nove estados, com nomes como Bahia dá Sorte, Pernambuco da Sorte, Goiás da Sorte, Carimbó da Sorte (PA), Alagoas da Sorte, Piauí Cap  e Capixaba Cap. Essas empresas vendiam títulos de capitalização irregulares.
Durante a operação, quatro pessoas ligadas à empresa Bahia dá Sorte foram presas na capital baiana, além disso, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e apreendidos dinheiro, computadores e documentos.
Em Salvador, a empresa Trilha Contabilidade, que presta serviço para o Bahia da Sorte, foi uma das procuradas pela polícia. A reportagem do Bocão News esteve no local, porém a coordenadora de nome Fabiana, informou que os funcionários não estavam autorizados a falar sobre o caso: “já demos andamento ao processo. A empresa não tem nada a ver com as investigações, apenas prestamos assessoria ao cliente que está sendo investigado”, confirmou.
De acordo com a PF, a organização criminosa operava por meio de loterias estaduais, cujos valores arrecadados eram repassados a entidades filantrópicas de fachada, fazendo com que o dinheiro ilícito retornasse ao grupo, em um procedimento suspeito, com fortes indícios de lavagem de dinheiro.
Para este tipo de crime, de acordo com o órgão federal, os investigados podem responder pela prática dos crimes de contrabando, crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, Jogo de Azar e Lavagem de Dinheiro. Somadas, as penas ultrapassam o limite de 30 anos.
Cerca de 300 policiais participam das investigações, que estão sendo executadas, simultaneamente, nos estados de Pernambuco, Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Ao todo, estão sendo cumpridos 12 Mandados de Prisão Temporária, 24 Mandados de Prisão Preventiva, 57 Mandados de Busca e Apreensão, 47 Mandados de Sequestro de Valores, sequestros de bens imóveis e de veículos de luxo.
Publicada no dia 12 de novembro de 2014, às 11h12

Classificação Indicativa: Livre

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