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Polícia Federal investiga fraude de R$ 34 milhões e cumpre mandados em Salvador

Imagem Polícia Federal investiga fraude de R$ 34 milhões e cumpre mandados em Salvador
Serão cumpridos 14 mandados de busca e apreensão na capital da Bahia e em Brasília  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 25/09/2014, às 07h20   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Nesta quinta-feira (25), policiais federais realizam uma operação nas imediações da avenida Tancredo Neves, em Salvador, e também em Brasília, Distrito Federal. Segundo informações obtidas pela reportagem do Bocão News, a polícia vai cumprir 14 mandados de busca e apreensão, quebra de sigilo bancário e fiscal.
Em abril desse ano, foi denunciado uma fraude na licitação de um contrato de R$34 milhões para fornecer carros para Ministério da Saúde, sob a suspeita de haver participação de servidores. 
Uma das licitações suspeita aconteceu no Distrito Especial Indígena (DSEI), na Bahia, em março de 2013. A vencedora do processo foi a empresa San Marino Locação de Veículos, de Brasília. Como a contratação prevista era acima de R$ 10 milhões, a licitação teve que ser autorizada pelo então ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), atual pré-candidato ao governo de São Paulo. 


Na época, por meio de nota, o Ministério da Saúde confirmou ter constatado uma oscilação considerável nos preços pagos para as locações de veículos. Deu como exemplo o aluguel de caminhonetes. Enquanto o DSEI de Rondônia pagava R$ 10.558,33 por mês por cada carro, o DSEI de Cuiabá pagava R$ 20.500,73. A diferença também era constatada no aluguel de vans. Na Bahia, o aluguel era de R$ 20.220,00. No Mato Grosso, de R$ 25.302.
Os modelos dos contratos também despertaram suspeitas. Na Bahia, foram localizados contratos com validade de dois anos, em vez de um ano. O ministério informou que contratos, mesmo sob suspeita, continuam vigentes, para evitar prejuízos para população. Os valores, no entanto, deverão ser renegociados.
Até 2010, a política de saúde indígena era conduzida pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Depois de casos de corrupção, acusações de apadrinhamento e por reivindicação de parte das lideranças indígenas, a Secretaria Especial de Saúde Indígena foi criada.

Foto: Vinicius Ribeiro // Bocão News

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