Polícia

Delegado revela detalhes do depoimento de Paulinho Mega

Paulo M. Azevedo
Sem muitas palavras, o acusado confirmou a versão apresentada pelo delegado  |   Bnews - Divulgação Paulo M. Azevedo

Publicado em 09/09/2014, às 06h38   Tiago Di Araujo (twitter: @tiagodiaraujo)


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Durante a apresentação dos acusados do sequestro e assassinato do advogado Ricardo Melo, ocorrido em abril deste ano, o delegado Cleandro Pimenta, revelou detalhes dos depoimentos dos autores do crime, Paulo Roberto Gomez Guimarães Filho e Arivan de Almeida Moraes. 
Primeiros passos
"Paulo conheceu a vítima, Ricardo Melo, no pier de um hotel no Corredor da Vitória. Segundo ele, o advogado ostentava uma boa condição financeira e foi escolhida como vítima. Paulinho disse que precisava de dinheiro para fugir da sua condenação pelos crimes anteriores e pretendia ir para Bolívia ou Argentina. Ao se aproximar, o acusado ganhou a confiança da vítima. No dia 29 de abril, ele convidou Ricardo para buscar um carro que tinha comprado, modelo Masserati, alegando que precisava de alguém para trazer o seu carro, já que viria dirigindo o novo", informou o delegado. 
Abordagem
"Paulinho alegou que o banco do carona estava com defeito e fez Ricardo ir no banco de trás, onde acionou a trava de segurança para a porta não ser aberta por dentro do veículo. Depois de parar no posto de combustível na Graça, onde foram flagrados por câmeras de segurança, seguiram para a BR-324 e na altura do bairro de Pirajá, parou para a entrada de Arivan, alegando ser o seu mecânico, que avaliaria o automóvel por ser um carro supostamente de segunda mão. Em seguida, Arivan abordou Ricardo, que ofereceu a quantia que tinha na conta por sua liberação", contou.
Destino
"Após a abordagem, a vítima foi levada para o cativeiro, dentro da fábrica Bahia Palet, próximo a Lafayete Coutinho e que tem como funcionários os presidiários da casa de reclusão. Depois, Paulinho disse que deixou Arivan junto com a vítima e saiu com os cartões dela para tentar realizar saques, o que não conseguiu pois estavam bloqueados. Paulinho disse que combinou com Arivan que viajaria para São Paulo e intermediaria a negociação com a família de lá, o que segundo ele foi aceito pelo comparsa".
Execção
"Depois de sete dias do sequestro, Paulinho entrou em contato com Arivan e informou que o dinheiro ainda não tinha sido depositado. Segundo ele, o contato foi o último e apenas para informar sobre o depósito do dinheiro, mas que não deu nenhuma ordem a Arivan. Após informar ao comparsa não ter recebido dinheiro nenhum, ouviu de Arivan: "Já era. Você não me conhece e eu não te conheço. Vou resolver"".

Publicada no dia 8 de setembro de 2014, às 13h51

Classificação Indicativa: Livre

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