Polícia

Abdelmassih fazia terapia de casal por telefone

Imagem Abdelmassih fazia terapia de casal por telefone
Ex-médico e mulher pagariam R$ 9 mil por consultas com psiquiatra de SP  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 28/08/2014, às 23h19   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça de São Paulo revelam que Roger Abdelmassih, de 70 anos e condenado a 278 anos por estupros, também usava o telefone para fazer terapia de casal durante o período em que ficou escondido com a mulher e os filhos gêmeos no Paraguai.

O G1 apurou que o ex-médico e a ex-procuradora da República Larissa Sacco, de 37, se consultavam por telefone com um psiquiatra da capital paulista. Eles usavam uma linha exclusiva para isso. Os grampos deram pistas que ajudaram na localização e prisão do procurado em 19 de agosto, em Assunção.

Numa das conversas interceptadas com o terapeuta, Abdelmassih, que estava foragido e era procurado, fala em cometer "suicídio", caso seu esconderijo seja descoberto e ele acabe preso. Ele ainda se diz "cansado"; preocupado com os filhos e conta que a esposa anda "impaciente" por carregar "um peso muito grande".

Na mesma gravação, Larissa conta ao especialista que trocará as crianças de escola. Iria colocá-las em um colégio americano bilíngue porque não gosta dos "locais [paraguaios]".

Em seguida, o psiquiatra aconselha o casal, segundo o grampo feito neste ano. Diz que Abdelmassih e Larissa não terão uma vida "normal" e os compara aos personagens literários Robinson Crusoé e Sexta-feira (náufrago e índio, respectivamente, que convivem numa ilha no clássico de Daniel Defoe). Também comenta que a família deles poderia se inspirar na do navegador brasileiro Amir Klink, que viaja pelo mundo com ele.

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