“Temos 100% de certeza que o corpo é de Geovane”, garante diretor do DPT
Publicado em 21/08/2014, às 05h58 Alessandro Isabel ([email protected])
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O Departamento de Polícia Técnica da Bahia (DPT-BA) reafirmou para a imprensa na manhã desta quarta-feira (20) que o perfil genético das mãos, cabeça e corpo encontrados em lugares distintos são de Geovane Mascarenhas de Santana, visto vivo pela última vez após uma abordagem policial no bairro da Calçada, na Cidade Baixa de Salvador.
De acordo com Élson Jeffeson, diretor do DPT, exames foram realizados e os resultados não deixam dúvidas sobre a identidade da vítima. “Temos 100% de certeza que o corpo é de Geovane. Realizamos vários procedimentos, como a necropapiloscopia que confirmou as digitais de uma das mãos. Com essa confirmação, realizamos exames de DNA na cabeça e no corpo e o resultado foi positivo”, explicou.
O pai de Geovane, Jurandy Silva de Santana, não reconheceu o corpo do filho que foi encontrado no dia 02 de agosto, no Parque São Bartolomeu, Subúrbio Ferroviário. De acordo com Jurandyr, o jovem tinha duas tatuagens, mas o corpo apresentado no Instituto Médico Legal (IML) não apresentava as marcas.
Paulo Peixoto, médico legista responsável pela identificação, também confirmou o corpo como sendo o de Geovane. “Realmente o corpo tinha tatuagens, mas elas foram retiradas cum a utilização de uma faca. Como o estava parcialmente carbonizado não deu para o pai observar esse detalhe”, explica o perito.
Ainda segundo Peixoto, Geovane teve as mãos, cabeça e órgãos genitais separados do corpo. Os membros foram jogados em um terreno baldio em Campinas de Pirajá, região próxima de São Bartolomeu, onde o corpo foi encontrado.
O perito preferiu não adiantar a causa da morte, mas já foi confirmado que Geovane não foi assassinado com tiro. “Ainda iremos divulgar esses detalhes. Temos que saber se ele teve os membros arrancados antes ou após ter sido morto”. O corpo já foi liberado para a família.
O caso ganhou repercussão nacional após um vídeo feito por circuito de segurança de uma casa mostrar policiais da Rondesp abordando Geovane no bairro da Calçada. Os militares agridem e logo em seguida o coloca no camburão da viatura. A defesa dos policiais afirmou que houve a abordagem, mas Geovane foi liberado por não ter sido reconhecido por uma mulher que tinha acabo de ser assaltada. Os militares foram detidos e aguardam o final das investigações presos no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas.
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