Polícia

Luiza Maia quer punição para o segurança do teatro Acbeu

Imagem Luiza Maia quer punição para o segurança do teatro Acbeu
Teatro só vai se manifestar depois que ouvir o segurança  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 04/03/2013, às 09h41   Adelia Felix (Twitter: @adelia_felix)


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A agressão sofrida pelas namoradas Thalita Andrade e Roberta Cerqueira, espancadas por um segurança no Teatro Acbeu, na noite da última sexta-feira (1), teve grande repercussão nas redes sociais neste final de semana. O repúdio a atitude do segurança fez com que amigos das vítimas e feministas organizassem uma manifestação na próxima segunda-feira (4), em frente ao teatro, no Corredor da Vitória.

O caso, segundo uma amiga do casal, que testemunhou a agressão e preferiu não se identificar, não se tratou especificamente de homofobia e sim de autoritarismo. "Eu também fui empurrada pelo segurança. Eu não me machuquei, mas ele me empurrou. O que eu sofri foi muito superficial diante do que Roberta passou. O que aconteceu foi uma Síndrome de autoritarismo, desequilíbrio e despreparo do segurança. Ele saiu ileso e de uma para outra apareceu com camisa rasgada. Mas as meninas são um casal e demostram o que sentem em público. Tudo foi filmado,  o que nós queremos são imagens do que aconteceu no corredor do teatro", contou a jovem ao Bocão News.

Independente de ter sido um crime homofóbico ou não, a deputada Luiza Maia (PT), que luta em defesa da mulher, pede punição para o segurança do teatro Acbeu. "Não sei se foi um crime homofóbico, mas o segurança precisa ser punido. Não me conformo com um negócio desses. Será que não poderia conversar? Tinha que agredir a mulher? Estou indignada e registro meu apoio a essas jovens. A gente já vive em cultura machista, não podemos aceitar isso. Eu abomino esse tipo de atitude. Ele (segurança) precisa ser punido", disse a parlamentar.

Ainda segundo a amiga do casal, Roberta está em casa, entretanto o estado de saúde dela inspira cuidado: “ela ainda está em fase de recuperação. Levou vários pontos na região do olho, o rosto está desfigurado, e anda com dificuldade. A gente ainda não sabe se sofrerá sequelas", descreveu a jovem o estado de Roberta, e salientou que marcar presença na manifestação prevista para a próxima segunda-feira (04).

A reportagem do Bocão News entrou em contato com a assessoria do teatro e foi informada que o Acbeu vai se manifestar oficialmente na segunda-feira (04), após ouvir o segurança.


Homofobia?
Em conversa com o Bocão News, neste domingo (3), o presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, colocou que é preciso ter cautela no "julgamento" do caso. "A homofobia tem que ser caracterizada com palavras ou com atos. Mas eu estou comovido sim, com o sofrimento dessas meninas e a atitude desse segurança me causa repúdio. Especialmente porque ela é do gênero feminino, e que a gente aprende desde pequeno que deve respeitar e proteger. Não queremos injustiça, e que essa terminologia de crime homofóbico seja vulgarizada", analisa Marcelo Cerqueira.



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