A Secretaria da Segurança Pública rebateu, nesta terça-feira (23) as declarações do deputado Leur Lomanto Jr, líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia e ressaltou que os investimentos feitos pelo Governo do Estado em efetivo e equipamentos demonstram que combater a violência na Bahia é prioridade.
Em nota, o órgão citou os casos expostos pelo parlamentar, o assalto ao radialista 'Jefinho' e o passageiro que foi roubado e morto a facadas na Paralela, e afirmou que “o problema não é a falta de policiamento, haja vista que, em ambos os casos, os acusados já haviam sido preso anteriormente”.
“A Polícia Civil da Bahia, como é de conhecimento público, trabalha com enorme índice de defasagem de pessoal ou, pelo menos, sua má distribuição, o que afeta o desempenho de seus servidores e compromete o resultado das atividades finalísticas da Instituição. Outro fator de relevância, e não menos importante, é a infraestrutura física hoje ofertada pela SSP à Policia Civil para o desempenho de suas funções operacionais e de gestão, cuja deficiência e falta de planejamento são notórias”, afirma a nota.
A nota fala sobre a importância de que a sociedade tenha ciência de que “a qualidade do serviço prestado tem razão direta com as condições oferecidas aos abnegados servidores que trabalham em unidades deficitárias, com goteiras, móveis quebrados, sem internet e sem equipamentos de proteção pessoal”. Salienta, também, que não adianta o governo estadual investir “em grandes estruturas e caríssimos equipamentos que servem a poucos, como o COI, enquanto os delegados não conseguem se utilizar desses mesmos equipamentos, de modo a combater eficazmente a criminalidade em nosso estado”.
Para o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia, “os números da criminalidade falam por si só e a culpa não pode ser atribuída às famílias, ao judiciário e muito menos à nossa legislação”. Por fim, a nota traz uma informação importante: “o combate à corrupção na Bahia, mal que assola o Brasil, tornou-se um dilema para os delegados de polícia em face da centralização, no âmbito da SSP, de todas as informações sigilosas oriundas de investigações criminais. Para que todos entendam o modelo de gestão na Bahia, é como se as operações da PF fossem controladas pelo Ministério da Justiça”.
