Polícia

Proprietários de embarcações questionam atuação restrita da Polícia Ambiental

Publicado em 22/01/2017, às 07h27   Tony Silva


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Após registros de assaltos e ataques a vítimas a bordo de embarcações e comerciantes em diversos pontos da Baia de Todos os Santos (BTS), a Polícia Militar se reuniu com a comunidade náutica e representantes de conselhos de moradores da região da Baía de Todos Santos (RMS), na manhã de quarta-feira (18), no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar da Bahia, nos Aflitos. Porém, esta comunidade espera um pouco mais da PM e faz alguns questionamentos.

Segundo moradores da região e proprietários de embarcações, que preferiram não ser identificados, existe uma instalação da Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA), na localidade de Loreto, na Ilha dos Frades, onde esta companhia possui três lanchas e motos aquáticas. A comunidade náutica e os comerciantes questionam a limitação do patrulhamento da Polícia Ambiental, pois, segundo eles, as embarcações só circulam na região desta ilha.

O questionamento se estende a lacuna na segurança na costa e no mar da BTS, uma vez que a COPPA com estes equipamentos poderia suprir essa necessidade de segurança, mesmo que provisoriamente, até a chegada de uma companhia especializada neste tipo de policiamento. “Não entendemos porque a COPPA se limita a região da Ilha dos Frades. Se houvesse atuação destes policiais em outras áreas da costa baiana, talvez os crimes que aconteceram nos últimos meses teriam sido evitados”, questiona um proprietário de embarcação que não quis se identificar.

Após a reunião com a PM, soluções começaram a surgir. Em busca de uma alternativa para melhorar a segurança na costa baiana, proprietários de embarcações e empresários do entorno da BTS estão se reunindo para custear equipamentos destinados a polícia militar. Uma lancha está sendo preparada pela Polícia Militar para atuar nesta região.

Apesar dos avanços, proprietários de embarcação sugerem a criação de uma companhia específica para policiamento marítimo, com equipamentos adequados, capaz de operar em qualquer situação de tempo ruim, além de policiais treinados e policiamento rotineiro. “A BTS possui quase 3 mil Km de área, não podemos ter ações pontuais. Precisamos de presença permanente da polícia”, diz velejador que não quis ser identificado.

A reportagem do Bocão News entrou em contato com o Departamento de Comunicação Social da Polícia Militar (DCS/PMBA), e foi informada que está apurando os questionamentos e assim que finalizada averiguação enviará uma nota.

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Matéria originalmente publicada às 07h50 deste sábado (21)

Classificação Indicativa: Livre

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