Polícia

PM é indiciado por morte de engenheiro durante abordagem no Imbuí

Publicado em 21/09/2016, às 09h17   Redação Bocão News


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Um dos oitos policiais militares investigados pela morte do engenheiro elétrico Moacyr Trés da Costa Trindade, 61 anos, durante uma abordagem em Salvador, foi indiciado pela Polícia Militar (PM) por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, em inquérito conduzido pela Corregedoria da corporação. 
O caso aconteceu em junho deste ano, no bairro do Imbuí. Segundo investigações da PM, as balas removidas do corpo da vítima saíram de uma submetralhadora automática que, no dia do crime, era usada pelo policial indiciado. Ainda de acordo com a PM, o inquérito será remetido ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que também apura o caso, até o final da semana.
Os outros sete policiais envolvidos na ação responderão por infrações administrativas. Todos os oito agentes foram afastados das ruas e cumprem expediente administrativo.
Moacyr morreu após ser baleado durante uma ação da PM neste ano. No Instituto Médico Legal (IML), os policiais contaram que a vítima foi baleada após fugir de uma blitz.
Familiares informaram que o engenheiro desapareceu no dia 18 de junho, após realizar compras em um mercado, na Avenida ACM. Ele estava a caminho do condomínio onde construía uma casa, na Avenida Paralela.
O corpo de Moacyr foi localizado por amigos e familiares no IML de Salvador uma semana após o sumiço dele. O carro que Moacyr dirigia foi levado para pátio do Departamento de Polícia Técnica (DPT). O veículo tinha marcas de tiro nas portas e nos pneus. O vidro de uma das janelas foi quebrado, e sobre o banco da frente havia uma sacola com leite e granola.
Na oportunidade, a PM informou por meio de nota que os policiais envolvidos na ação disseram que Moacyr estava dirigindo em alta velocidade e por isso foi perseguido. Ele não teria atendido às ordens de parar, o que levou os policiais a atirarem.
Ao ingressar com o inventário do engenheiro, a família descobriu que ele movia um processo contra o Estado da Bahia, no qual alegava ter sido agredido por agentes da Polícia Militar, também durante uma suposta abordagem. O caso ocorreu em março de 2015.

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