Polícia

Assista: mudança de fim de linha de ônibus gera confusão em Simões Filho

Publicado em 08/08/2016, às 21h01   Tony Silva


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A mudança do final de linha de ônibus localizado no Conjunto Habitacional de Ilha de São João, no município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), gerou tumulto e pessoas ficaram feridas durante uma manifestação no final da tarde desta segunda-feira (8). De acordo com a moradora Adeilsa Batista dos Santos, 40 anos, há 30 anos, os ônibus da empresa Expresso Metropolitano fazem a parada final naquele local e a decisão irá prejudicar milhares de moradores.

Ainda de acordo com a população, as manifestações aconteceram durante toda semana contra a decisão da prefeitura, que transfere o final de linha para a localidade de Mapele, prejudicando os usuários do transporte. “Desde 2014 a empresa Expresso Metropolitano avisou que queria tirar o final de linha de lá. Eles retiraram a linha Lapa e modificou o trajeto da linha Campo Grande da BR-324 para a Avenida Suburbana. A população registrou queixa no Ministério Público. Porém na semana houve uma nova entrada no MP, mesmo assim a empresa insistiu em retirar os ônibus desse local. Eles alegam que não arrecadam o suficiente. Sendo que são uma média de 17 mil moradores que na maioria usam esse transporte”, disse a moradora Elaine Brito.

Os moradores ainda afirmaram que procuraram informações junto a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (AGERBA), na semana passada, e não há registro no órgão sobre a modificação do final de linha. “O filho do dono da empresa, que também faz parte da direção, chegou a nos prometer uma solução, mas nada foi feito”, afirma Elaine.

Os populares também se queixaram da atuação da Polícia Militar durante a manifestação. Segundo eles, os policiais usaram força com excesso e machucaram muitas pessoas. “Eu estou ferida no pé. Eles usaram bombas de gás no meio de mulheres, idosos e crianças”, disse a dona de casa Adeilsa Batista dos Santos, 40 anos.

Em contato com o Departamento de Comunicação Social da Polícia Militar (DCS/PMBA), a reportagem do Bocão News foi informada que a manifestação iniciou na manhã de hoje e no final da tarde moradores cercaram os ônibus e ameaçaram depredar e incendiar os transportes, quando policiais da 22ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) tiveram que conter a população. Ainda segundo a DCS da PM, os policiais tiveram que usar a força para impedir atos de vandalismo. Foram empregadas armas não letais e bombas de efeito moral.

Bocão News tentou contato com a empresa Expresso Metropolitano, mas um funcionário informou que não havia ninguém na empresa que pudesse se pronunciar. A reportagem também tentou contato com a prefeitura de Simões Filho, mas não teve as ligações atendidas.

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