Polícia

Presidente do GGB denuncia ataque de quadrilha de travestis em Salvador

Publicado em 30/05/2016, às 10h36   Vinícius Ribeiro (Twitter: @vin_ribeiro)


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Uma travesti foi agredida e roubada por volta das 2h da madrugada de domingo (29), no bairro de Piatã, orla de Salvador. A denúncia foi feita pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), que foi procurado pela vítima na manhã do mesmo dia. Rafaela Rocha dos Santos, de 25 anos, oriunda de São Paulo, fazia um programa em um veículo quando foi abordada por um grupo de pelo menos três travestis que chegou ao local em um táxi. Assustado após ter o veículo encurralado, seu cliente fugiu e a deixou nas proximidades de uma lanchonete.  
Segundo Rafaela relatou na Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur), uma das travestis desceu do táxi e passou a ameaçar com "uma peixeira personalizada, com um relevo que parecia uma asa de pássaro", enquanto as que ficaram no interior do veículo incentivavam a agressão. “Mete a faca no buxo dela e tira o peito", gritavam. A vítima disse que tentou correr, mais caiu e foi espancada. “Elas levaram tudo, bolsa, documento de identidades, celular, a minha sandália, frasco de perfume e a quantia de R$ 300", contou, apontando um fato que pode ajudar nas investigações: "havia uma muleta dentro do carro". 
Rafaela exibe as marcas causadas pela agressão
Já a travesti sergipana de prenome Rebeca, que também fazia ponto na região, disse que conseguiu fugir da investida. Ela socorreu a colega, e ambas pegaram um táxi com destino à pensão onde estavam hospedadas na capital baiana. Logo após, por volta das 3h50, registraram Boletim de Ocorrência (BO) na Deltur. 
O crime, identificado por elas como "Doce", visa extorquir as travestis pela atuação em Salvador. Segundo o GGB, "se não pagarem em dinheiro, as vítimas são geralmente mutiladas, espancadas e assaltadas". O presidente da entidade, Marcelo Cerqueira, que aceitou a denúncia, declarou que “é preciso separar as coisas, o joio do trigo, pois lugar de bandido é na cadeia e não nas ruas assaltando vestindo roupa de mulher”. 
BO em nome de Rafael Rocha dos Santos, nome de registro da travesti
Como forma de coibir o crime, o GGB orienta que toda e qualquer pessoa, incluindo possíveis clientes, vítimas, compareçam a qualquer delegacia de polícia, registre o fato e envie uma cópia da ocorrência para que esta seja anexada ao processo. Conforme a entidade, as suspeitas já foram identificadas e costumam "ostentar" dinheiro e armas nas redes sociais. A ocorrência é investigada pela polícia.

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