Polícia

Choro e silêncio marcam sepultamento de jovem morto no Imbui

Publicado em 02/08/2015, às 14h41   Tony Silva


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"Esses bandidos não podem ser tratados como pessoas normais", disse amigo da Felipe Rauta Cabral, 25 anos, morto durante um assalto na madrugada deste sábado (1), no bairro do Imbuí, em Salvador. Na tarde deste domingo (2), familiares e amigos deixaram o silêncio da tristeza falar mais alto do que o grito da revolta pela partida prematura do administrador.  
No entanto, o contador José Guimarães, pai de Nathalia Guimarães, ambos amigos do jovem não se limitaram ao luto, ao falar sobre a sensação de insegurança constante. "Moro próximo do local onde ocorreu o crime e a sensação que temos é de constante risco e preocupação". Nossos filhos têm que ficar trancados dentro de casa para não morrerem, enquanto os bandidos fazem o que querem. Aqui não tem ninguém do Ministério Público. Esses bandidos não podem ser tratados como pessoas normais". 
Felipe foi morto durante uma tentativa de assalto, enquanto deixava sua amiga a estudante de jornalismo, Aymée Francine, em casa no Imbuí. Ao parar o carro, ele foi abordado por dois homens que efetuaram disparos contra o administrador. Em seguida, os criminosos roubaram o veículo, sequestrando a amiga da vítima no ato. Após passar 30 minutos em poder dos bandidos, a jovem foi deixada na Estação Pirajá. A estudante também esteve presente no sepultamento e não quis falar com a imprensa.
Um vizinho que quis se identificar apenas pelo prenome de Jorge, disse à reportagem do Bocão News que os bandidos não levaram nada. O tiro teria ocorrido quando Felipe engatou a marcha ré.
Felipe trabalhava com o pai em uma empresa de logística da família. Ele era formado em Administração e, recentemente, havia sido contemplado com uma bolsa para fazer o mestrado em uma universidade da Holanda, cujas aulas teriam início em outubro.   

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