Polícia

Presidente do Sinjorba repudia agressão de policiais a repórter do Bocão News

Publicado em 06/07/2015, às 07h18   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)


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A presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba), Marjorie Moura, classificou a agressão de policiais contra o editor de política do site Bocão News,  Marivaldo Filho, como um “absurdo”.
De acordo com a presidente, agressões de policiais a jornalista é “constante”. “Parece que eles têm algo a esconder”, afirmou a jornalista. “Não é de hoje que a gente vem tentando manter o diálogo [com a Polícia Militar] para que essas situações lamentáveis deixem de acontecer”, acrescentou.
No entendimento da presidente do Sinjorba, violências contra jornalistas configuram agressões a própria sociedade. “A gente representa a voz da sociedade”, salientou.
Agressão
O jornalista Marivaldo Filho, editor de política do site Bocão News, foi agredido por policiais militares na noite de sábado (4), no bairro do Bonfim, em Salvador. De acordo com o jornalista, ele estava em uma confraternização, quando duas pessoas se desentenderam. "Tinha uma viatura perto na hora. Durante a abordagem, os policiais tiveram uma postura a favor de um dos envolvidos na briga, que era policial, e deram início a uma sessão de espancamento contra o outro. Os policiais chegaram até a ralar o rosto do rapaz no chão. Por conta da atitude, decidi registrar a ação”, contou. 
Segundo o profissional de imprensa, um dos policiais que percebeu que ele fazia o registro da ação, imediatamente o abordou e de forma violenta. "Ele pediu para apagar a foto. Eu disse que não iria apagar. Tentei argumentar que não tinha porque apagar. Isso gerou uma fúria maior no policial, que me deu voz de prisão”, afirmou.
Marivaldo foi algemado e levado para uma viatura da polícia. Antes, foi vítima de uma série de agressões. “Ele começou a dar vários socos em minha cabeça. Depois pediu meu celular e pediu para destravar para que ele pudesse apagar as fotos. Eu tinha recebido tanto soco que não tinha mais condições nem de digitar a senha do meu celular. Quanto mais errava a senha, mais socos recebia. Ele pegou alguma coisa no chão, que eu acredito que tenha sido uma pedra, e me agrediu. Sangrou muito. Acho que o PM só parou de me bater quando viu que eu estava sangrando muito", relatou.
Marivaldo garante que tomará todas as medidas cabíveis. “Independente dos riscos, de tudo que isso implica, eu vou denunciá-los na corregedoria da Polícia Militar e vou procurar o Sindicato dos Jornalistas também”, pontuou. 

Publicada às 14h30 do dia 5

Classificação Indicativa: Livre

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