Comissão reivindica Acadepol única para formação de peritos criminais

Reivindicando a criação de um curso único de formação destinado aos aprovados no concurso para peritos técnicos realizado em 2014, uma comissão de classificados no certame vem lutando para que o pleito seja atendido pelo governo estadual. Em contato com o Bocão News, Bruno Alves, Felipe West e Geraldo Lucas Cafezeiro, membros da comissão que representa cerca de 350 classificados, reforçaram o pedido salientando que o déficit de profissionais na área ocorre em sentido inverso ao aumento da criminalidade no Estado.

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O pleito da comissão, que já recebeu publicamente apoio dos deputados estaduais Zé Neto, Bira Corôa e Luiza Maia, do PT, e Angela Souza (PSD), busca a criação de uma Academia de Polícia (Acadepol) única, que auxilie na formação dos peritos (criminal, odonto legal, médico legal e técnico), que após a formação seriam distribuídos em 6 regiões da Bahia.

Em sua justificativa, a comissão lembra o discurso do secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, que pontuou a interiorização do programa Pacto pela Vida como meio de reduzir os índices de violência em todos os municípios baianos.  "A gente pede ao governo esta sensibilização pela carência que existe, o concurso é todo voltado para o interior do Estado, então pedimos a Acadepol única", disse Bruno Alves ao site.

Em comunhão com o pleito, a Comissão de Segurança Pública da União dos Prefeitos da Bahia (UPB) encaminhou um abaixo-assinado ao governador Rui Costa e ao secretário Maurício Barbosa, solicitando a convocação de todos os classificados para a Acadepol em prol dos municípios. 

Compreendendo as dificuldades orçamentárias informadas pelo Governo da Bahia, Bruno sugere que o Executivo faça a Acadepol e nomeie os excedentes de acordo a disponibilidade do orçamento. "A gente sabe que está um pouco apertado, mas nós também sabemos que a segurança pública é um serviço essencial", ressaltou.

Segundo o assessor de Comunicação do Sindicato dos Peritos Criminais do Estado da Bahia (Asbac), Luís Rogério Machado, a reivindicação é uma questão de necessidade pública. "Houve um crescimento na demanda aliada ao quadro de aposentados compulsórios, e isto requer peças de reposição", afirmou, reconhecendo o esforço do governo estadual com o investimento em equipamentos de segurança, porém, reiterou que o número de servidores para agir na apuração dos crimes ainda é insuficiente.