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Polícia Militar engaja protocolo da ABI anti-feminicídio: "Extremamente válido"

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Protocolo anti-feminicídio foi lançado nesta terça-feira (30)  |   Bnews - Divulgação Adélia Félix/BNews

Publicado em 30/04/2024, às 12h15   Adélia Félix e Sanny Santana



A Associação Bahiana de Imprensa promoveu, nesta terça-feira (30), o lançamento do 'Protocolo Antifeminicídio - Guia de Boas Práticas para a Cobertura Jornalística', documento que visa contribuir para uma cobertura ética e mais sensível, com o objetivo de não revitimizar a mulher e ajudar a combater a cultura da violência de gênero.

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O evento contou com a presença do diretor de comunicação social da Polícia Militar, Coronel André Carvalho, que, durante entrevista ao BNews, comentou sobre o lançamento, declarando ser um projeto "extremamente válido e importante".

"Eu acho que quando a gente vê uma rede de órgãos e de pessoas que fazem parte desse engajamento, numa luta cada vez mais constante, para deixar de tornar visível algo que é estarrecedor, que é o crime hediondo, que é o feminicídio, eu acho que é válido, extremamente válido e importante, e é um instrumento que vai ajudar a própria imprensa a também fazer uma divulgação mais responsável e voltada para combater esse tipo de crime", declarou durante o evento, que aconteceu no Auditório Samuel Celestino, Centro Histórico de Salvador.

O PM aproveitou para anunciar que está sendo inaugurado o Batalhão de Policiamento de Proteção à Mulher - Maria da Penha, que foi criado há um ano, mas ainda não tinha sua própria sede. 

"É um momento importante, é uma discussão atual, é um assunto que está cada vez mais em debate com a sociedade. E a Polícia Militar, em sintonia com isso, com esse assunto, com essa temática, ela também vai mostrar que está engajada nesse processo", declarou.

Dados

Entre 2017 e 2023, foram registrados 672 feminicídios na Bahia, sendo que 92,6% dos crimes foram cometidos por companheiros ou ex-namorados das vítimas. Os dados são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em cooperação com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Em 2024, até fevereiro, já haviam sido registrados 7.800 boletins de ocorrência, no âmbito da Lei Maria da Penha em todo o estado.

Segundo a ABI-Bahia, o Protocolo Antifeminicídio é um guia prático dirigido a jornalistas e profissionais da comunicação, como uma espécie de roteiro que pode ser adaptado à apuração e redação de notícias sobre esses crimes.

"Ele traz orientações para uma investigação séria e alerta sobre a necessidade de a categoria conhecer as consequências legais das distintas formas de violências contra a mulher, além do claro entendimento do que é o crime de feminicídio", afirma.

Classificação Indicativa: Livre

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