Polícia

Investigados pela Operação Aleteia prestam depoimento, mas vão dormir na cadeia

Publicado em 16/11/2015, às 18h06   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)


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Depois de prestarem quase nove horas de depoimento, o filho do jornalista e apresentador Casemiro Neto, Rafael Cardoso Prado, e a sua nora, Ariana Nasi, foram transferidos, na tarde desta segunda-feira (16), para o Complexo de Delegacia dos Barris e o Presídio Feminino, no bairro da Mata Escura, em Salvador, respetivamente.
Eles e o empresário César Matos depuseram na Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), no bairro de Piatã. Presos temporariamente, podem permanecer lá até a próxima quarta-feira (18), por volta das 17h, quando encerra o prazo do encarceramento. 
Os advogados Alano Frank e Carlos Henrique Júnior, que representam o casal e o empresário César Matos, respectivamente, disseram, no entanto, que vão pedir ainda hoje a revogação da prisão para que os clientes sejam liberados na manhã desta terça-feira (17). “Acredito que não tenha necessidade da prorrogação dessa prisão. Eles já disseram tudo”, ressaltou Henrique Júnior.
De acordo com Alano Frank, Rafael Cardoso e Ariana Nasi  prestaram todos os esclarecimentos durante o depoimento. Segundo ele, o casal é investigado por sonegar impostos de 2008 e 2009, que já estariam prescritos. O advogado disse ainda que o filho de Casemiro Neto, que é proprietário de uma empresa de papelaria e material, nunca entregou materiais danificados. Alano Frank destacou também que a nora não trabalhava no empreendimento. “Ela não tem nada a ver com isso”, frisou.
Ariana Nasi teria chorado após o depoimento quando foi informada de que dormiria esta noite no presídio. O advogado Carlos Henrique Júnior, que também defende os empresários Bruno Mato e Ricardo Mato, contou que os dois irão prestar depoimento nesta terça. Ele fez questão de ressaltar que não há evidência no inquérito de que os empresários fraudaram licitações. A reportagem tentou falar com o delegado Marcelo Sanfront, que investiga o caso, mas não obteve êxito. 
Caso
Os empresários são suspeitos de participarem de um esquema de fraude e de concorrência desleal em licitações públicas. A operação batizada de Aleteia pelo Ministério Público e as secretaria estaduais da Fazenda e da Segurança Pública desarticulou o esquema no último sábado (14), em Salvador e São Paulo.

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