Polícia

Operação Aleteia: vendiam produtos para prefeituras e Estados, afirma promotor

Publicado em 15/11/2015, às 11h18   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)


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Promotor Luis Alberto Vasconcelos afirma que empresas do grupo criminoso simulava concorrência nas licitações
De acordo com o delegado do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco), Marcelo Sanfront, o esquema se arrasta a outros estados e novas informações podem surgir nos próximos dias. "Os criminosos, às vezes, entravam em licitações e não tinham o produto, demoravam para entregar e às vezes não entregavam. Ou ainda, quando entregavam era material pirata, como foi verificado em casos que DVDs e CDs piratas foram entregues", afirmou.
Um esquema de fraude contra o fisco estadual e de concorrência desleal em licitações públicas é o alvo da operação Aleteia, deflagrada no sábado (14) em Salvador e São Paulo. Conduzida por força-tarefa reunindo o Ministério Público Estadual e as secretarias estaduais da Fazenda e da Segurança Pública, a operação já cumpriu três mandados de prisão e 26 de busca e apreensão. O valor estimado do prejuízo causado pelas fraudes fiscais é de R$ 4,5 milhões.
"A operação surgiu a partir de relatório com informações fiscais da Sefaz e foi objeto de investigação pela Polícia Civil das empresas envolvidas na sonegação de impostos. Na Aleteia foram expedidos os mandados de busca para coletar informações que serão úteis para continuar as investigações que começaram há três anos com quebra de sigilo bancário e telefônico. As empresas vendiam produtos para prefeituras e Estados a exemplo de material escolar e para escritório", afirmou em coletiva o promotor do Ministério Público Estadual, Luis Alberto Vasconcelos Pereira.
Dentre os presos na operação Aleteia estão o filho do apresentador da TV Aratu Casemiro Neto, Rafael Prado Cardoso, e sua esposa Ariana Nasi. O casal foi preso em São Paulo pela acusação de crimes como sonegação fiscal e fraude em contratos. Em Salvador, a força-tarefa também prendeu o empresário Cesar Matos, no Horto Florestal, no Edifício Lumiere; uma empregada doméstica que tinha o nome usado como laranja, a Tatiane Ramos; outra mulher que seria laranja do casal Cardoso, a Maria de Fátima Andrade Silva; além de outra funcionária de nome Tatiane Ramos. Os outros acusados que tiveram o mandado de prisão expedidos são os irmãos Bruno Matos e Ricardo Matos, que mora na Valdemar Falcão, em Brotas, e os funcionários Washington Mendes e Marcos Menezes. Todos foragidos. 
O casal tinha como laranja Maria de Fátima Andrade Silva, que foi presa neste domingo (15). No total, foram nove mandados de prisão temporária. 

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Com informações do repórter Aparecido Silva

Classificação Indicativa: Livre

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