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Pai que agrediu crianças na praia tem rede social clonada e teme perder a guarda das filhas

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Segundo o pai das garotas, as contas das redes sociais já foram hackeadas e teme perder a guarda das filhas  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Vídeo

Publicado em 05/01/2023, às 18h47   Camila Vieira


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O pai que agrediu as filhas, na praia de Itapuã, em Salvador, no último domingo (1º), voltou a dizer que agiu violentamente por um momento de desespero. Segundo ele, as contas das redes sociais já foram hackeadas e teme perder a guarda das filhas. As declarações foram dadas em entrevista nesta quinta-feira (5) ao Programa Acorda Cidade.

Segundo o pai das crianças, a guarda das filhas é de forma compartilhada. “A guarda das crianças é de forma compartilhada, mas elas estavam morando comigo, porque eu sempre cuidei delas, elas são apegadas a mim, então sentiram muito minha falta e moram comigo. Tanto que nos finais de semana, eu levo na casa da mãe delas, mas se eu fosse um monstro, um péssimo pai, eu sei que uma hora dessa eu já estaria morto, porque eu sei que errei, muitas pessoas estão me julgando, muitas pessoas estão também do meu lado, mas reconheço o meu erro e quero minhas filhas de volta”, relatou.

“Eu agi como um pai desesperado, errei em ter corrigido minhas filhas daquela forma, eu deveria ter conversado, ter abraçado, e não ter feito o que fiz. Em nenhum momento eu tive a intenção de machucar, até porque eu amo minhas filhas, está sendo muito difícil passar por esta situação, já falei com meus amigos, mas cada dia que passa está ficando pior”, contou.

“Eu sempre fui uma pessoa que acordei cedo para trabalhar, colocar o pão de cada dia na mesa, levar minhas filhas na escola, e hoje me dói não fazer isso porque não estou com elas. Para onde eu estava indo, eu levava minhas filhas, levava minha família, sempre amei todos. O pessoal está me julgando, estou recebendo ameaças, tive meu Instagram e meu WhatsApp hackeado, criaram um novo perfil como se fosse eu, mas não é o meu perfil de verdade, colocaram uma foto com minha mãe e ainda escreveram: ‘Sou pai e estou arrependido’, creio que foi para ajudar, mas na verdade o perfil não é meu. Inclusive já apaguei várias coisas da minha conta, coloquei como privado, mas criaram esse novo perfil com meu nome e minha foto”, disse.

O que diz o pai sobre o domingo  – A versão contada pelo pai das garotas que trabalha como ajudante de carga e descarga foi que as garotas de 6 e 10 anos, respectivamente, já tinham ido várias vezes no mar, mas em determinado momento, uma delas desapareceu.

“Elas já tinham ido várias vezes, tanto que eu tinha acompanhado, fui lá no mar, teve uma hora que a pequena estava meio que se afogando, tirei da água, e por várias vezes ficaram pedindo para voltar. Então da minha cadeira eu fiquei observando todas duas que estavam na beira do mar mas em determinado momento que tirei a atenção, a outra veio dizendo que a irmã tinha desaparecido. Então surgiu aquele desespero, era a primeira vez que eu estava naquela praia, então a pressão era maior, o pessoal até está comentando que eu estava bêbado, que estava drogado, mas não, foi um momento de desespero de olhar para a praia e não encontrar minha filha e só imaginar que eu iria voltar para Feira com minha filha dentro de um caixão”, informou.

O advogado que está acompanhando o caso, Daniel Vitor, informou durante entrevista ao Programa Acorda Cidade, que o fato de se apresentar livremente à Justiça, após as agressões, pode influenciar na redução de algum tipo de pena.A madrasta das crinaças também prestou depoimento e saiu em defesa do marido, alegando que ele agiu por desespero. 

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