Mulher vê marido usando "supermaconha" na frente dos filhos e é encontrada morta

A droga sintética chamada K9, também conhecida como "supermaconha", que causa o "efeito zumbi" em que a consome, chegou à casa da vendedora Karina Campos, de 42 anos. A mulher flagrou o pai dos filhos consumindo o entorpecente na frente dos pequenos, pediu para que aquilo nunca mais se repetisse e colocou um ponto final na relação de 15 anos com Isaac Jesus Bastos Pimenta.

Quinze dias após o término, o homem, supostamente a matou, após atraí-la para sua casa. O crime aconteceu no último dia 5, na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo, mas policiais ainda procuram pelo suspeito, que está foragido.

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Karina foi encontrada sem vida, nua e com diversas marcas de violência, sobretudo na região da cabeça, no imóvel onde o suspeito estava morando. O casamento dos dois foi marcado por episódios de violência e ciúme, de acordo com a família da vítima. 

"Ele tinha ciúme até da nossa família, dos nossos primos, que sempre convivemos. Ele tinha ciúme, possessivo, ninguém podia conversar com ela, nem ir na casa dela", disse uma das filhas da vendedora em entrevista à TV Record.

Crime

A mãe de Karina diz que a filha mesmo vivendo um casamento abusivo não conseguia se separar do suposto agressor porque tinha medo da reação dele. Isaac passou anos preso e a esposa nunca deixou de visitá-lo no presídio. Depois do término, Isaac teria prometido largar as drogas e sugeriu uma reconciliação. A vítima não aceitou.

Ainda de acordo com a filha da vendedora, no dia do crime, a mãe recebeu uma ligação do ex que, do outro lado da linha, pediu para a mulher fosse até sua casa para lhe entregar um dinheiro, que seria da pensão dos filhos. Após um dia sem contato, familiares de Karina suspeitaram e foram até a casa de Isaac. Lá, encontraram a mulher morta.

Quando os policiais chegaram na residência, o suspeito já havia fugido. Dias depois, ele foi até uma delegacia e afirmou que a ex-esposa morreu após sofrer um acidente domiciliar. Ele foi ouvido e liberado logo em seguida, já que sua prisão ainda não havia sido decretada.