Polícia

Influenciador evangélico grava vídeo pedindo perdão pelos 'pecados' e é preso por suspeita de estuprar três fiéis

Reprodução/Redes sociais
Influenciador evangélico é acusado de usar seu 'poder religioso' para forçar sexo com fiéis  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais

Publicado em 07/10/2023, às 10h16   Cadastrado por Victória Valentina



O influenciador evangélico Victor de Paula Gonçalves, conhecido como Victor Bonato, de 27 anos, foi preso suspeito de estuprar três jovens que frequentavam o grupo Galpão, voltado para jovens e fundado por ele, em um bairro nobre de Barueri, na Grande São Paulo.

Segundo as vítimas, Victor usava de sua "influência religiosa" para manipulá-las e obrigá-las a ter relações sexuais com ele. Duas estudantes de medicina, de 19 e 20 anos, e uma empresária, de 24, prestaram depoimento em setembro, na Delegacia da Mulher de Barueri.

A polícia e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) apontaram risco de fuga do influenciador, e a Justiça decretou a prisão dele no último dia 20.

Conforme informações obtidas pelo Metrópoles, os crimes teriam acontecido entre janeiro e setembro deste ano, em diversos locais, inclusive na casa de Bonato, localizada no Alphaville.

Pedido de perdão

Um dia antes das vítimas irem até a delegacia, o influenciador usou o Instagram e publicou, para seus 146 mil seguidores, que precisava “arrepender profundamente” e que faria um “detox de redes sociais”.

Nas vésperas de sua prisão, ele retornou às redes sociais para anunciar sua saída da liderança do Galpão, e afirmou que estava dedicando tempo para sua própria cura espiritual. No mesmo dia, o grupo publicou um comunicado informando que o influenciador não fazia mais parte do movimento, mas sem mencionar as acusações de estupro.

“Alguns acontecimentos ferem diretamente o que o Galpão acredita e segue, fere a palavra e está em desacordo com o que Jesus nos ensina. Por esse motivo, ele foi afastado do Galpão", dizia a nota.

A advogada Samara Batista Santos, que defende Victorie, afirmou que não pode dar detalhes sobre o caso devivo ao sigilo da investigação, mas ressaltou que o influenciador "negou veementemente as alegações contra ele", apesar de ainda não ter sido interrogado.

A defesa ainda apontou que o pedido de perdão publicado pelo influenciador nas redes sociais não tinha qualquer ligação com as acusações.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp