Salvador

Greve continua: reunião entre associações e deputados termina sem acordo

Publicado em 16/04/2014, às 22h15   David Mendes e Djalma Júnior


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A população baiana que esperava, ainda na noite desta quarta-feira (16) pelo fim da greve dos policias da Bahia precisará de um pouco mais de paciência. Após cinco longas horas de conversa entre representantes das associações dos militares e deputados estaduais na Assembleia Legislativa da Bahia (16), o resultado é o que ninguém queria esperar: a greve continua.

Segundo informações já divulgadas pelo Bocão News, apenas três pautas aceitas pelo governo foram mantidas. As outras apresentadas na tarde desta quarta-feira (16), o governo optou por não acatar. O estado afirma que só a Gratificação de Atividade Policial (GAP), solicitada pelos militares custaria R$ 720 milhões ao ano. O auxílio alimentação a cada um real são dois milhões de reais a mais por mês na conta do governo o que gera R$ 24 milhões a mais ao ano. 

Sobre a anistia, o governador Jaques Wagner (PT) disse que não haveria negociação de forma alguma. Durante todo o dia, um Grupo de Trabalho (GT) se reuniu na Alba para discutir questões colocadas pelos PMs.

Durante o encontro às portas fechadas, entre representantes da Polícia Militar e deputados do Estado na Alba, na noite desta quarta-feira que buscou a definição de um possível acordo sobre as demandas apresentadas pela classe, os parlamentares  chegaram a solicitar a presença de representantes da Procuradoria Geral do Estado e do secretário da Fazenda, Manoel Vitório para reunião, o que não aconteceu.

Ilegalidade da greve

Hoje, o Tribunal de Justiça decretou a ilegalidade da greve da PM. As cinco associações -  Associação de Policiais e Bombeiros e de Seus Familiares (Aspra), Associação de Praças da Polícia Militar da Bahia (APPM-BA), Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia (AOPM-BA Força Invicta), Associação dos Oficiais Auxiliares da Polícia Militar (AOAPM-BA), Associação dos Subtenentes, Sargentos e Oficiais da Polícia Militar da Bahia (ABSSO-BA) e a Associação dos Bombeiros Militares da Bahia – Associação Dois de Julho - devem pagar multa diária de R$ 50 mil.

Wagner afirmou que com relação às punições judiciais, cabe ao judiciário aplicá-las. Já com relação às punições administrativas, o governador enfatizou que a ação dos grevistas pode levar à exoneração.

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