Polícia
Publicado em 08/02/2023, às 11h40 Cadastrado por Bruno Guena
Um empresário xingou e ameaçou arquiteto de Marília (SP) através de áudios pelo Whatsapp, no último domingo (5). A vítima denunciou a agressão por meio de uma postagem nas redes sociais na segunda-feira (6). Além disso, o arquiteto registrou um boletim de ocorrência contra o agressor.
O arquiteto Pedro Leonardo Negreiros Bonani disse ao G1 que há dois anos, o imóvel adquirido do empresário apresenta problemas, como infiltração, bolor e trincas, situação que agrava com a chuva.
No diálogo, Pedro mandou um áudio e escreveu: "Eu não paguei a casa para viver nessas condições. Seja homem e tenha caráter de botar a mão no bolso e arrumar 'tudo' esses problemas".
De acordo com a denúncia de Pedro, o empresário, enfurecido, respondeu em tom de ameaça que iria "dar um pau" nele.
A vítima pediu mais uma vez ao empresário, no último domingo, que ele analisasse a possibilidade de contratar um pedreiro para fazer reparos e ainda enviou fotos da situação do imóvel. Em seguida, o agressor mandou áudios xingando o arquiteto de "vagabundo" e "macaco". Ouça o áudio a seguir:
O arquiteto informou que não houve discussões anteriormente com o empresário. Mas, também, não teve pedidos de resolver os problemas da estrutura da casa, atendidos.
"Esses tempos ele chamou um pedreiro para efetuar o serviço, mas ele não tinha nem o material. Estou há dois anos falando que, quando chove, molha a cama que eu durmo. Ele sempre foi educado, mas muito enrolado e irresponsável. No domingo, foi a primeira vez que ele foi racista", diz.
Logo após as ameaças, a vítima registrou o boletim de ocorrência e acionou os advogados. "Ser xingado de macaco é inadmissível e eu não vou deixar, ainda que eu tiver uma casa nova, isso não anula o crime que ele cometeu. Eu fui chamado de macaco. Minha esposa está grávida, o que complica bastante", lamenta.
O arquiteto informou também que já entrou em contato com o banco responsável pelo financiamento para analisar o custo dos reparos. Mas, de acordo com ele, por não ser o dono do imóvel, não pode arcar com o conserto.
"Estou no total direito, porque a casa foi comprada e eu não posso tocar nela. As avarias já foram avaliadas em R$ 10 mil para o conserto, mas a seguradora não pode entregar o dinheiro, porque é uma obrigação de quem vendeu durante cinco anos. Ele está errado em todos os lados", finaliza.
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