Denúncia

Assista: cantor é expulso da Ceasa e diz que foi agredido por seguranças

Publicado em 26/03/2017, às 19h27   Tony Silva


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Populares e lojistas ficaram revoltados com a ação de seguranças do Centro de Abastecimento (Ceasa), localizado na região do Cia, na BA-526, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), contra o cantor Andresson Costa. Em entrevista ao Bocão News, ele detalha que foi expulso e agredido no final da manhã da última sexta-feira (24). Com câmeras de celulares as pessoas filmaram a situação que expôs o artista a violência e humilhação. A Ceasa é administrada pela Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic), da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado.

A reportagem entrou em contato com Andresson Costa Dantas Moreira, 31 anos, conhecido artisticamente como “Andresson Costa”. Com 15 anos de carreira, ele viaja há 10 por várias cidades e estados brasileiros divulgando seu trabalho com um microfone e aparelhos de som apoiado nas costas, o projeto “O Sucesso das Ruas”. Ele disse que não vai muito ao Centro de Abastecimento fazer divulgação.

“Eu estava divulgando meu trabalho na sexta-feira (24), por volta do meio dia, quando um dos seguranças pediu para abaixar o som e eu abaixei. Ele pediu para abaixar mais uma vez e eu mais uma vez obedeci. Ele insistiu e eu continuei a fazer meu trabalho. Logo depois, as pessoas que estavam lá me levaram para dentro do restaurante, onde não havia nenhum problema. Mas os seguranças foram até lá e pediram para que eu fosse à administração, para falar coma gerência. Segundo eles, eu iria conseguir autorização para divulgar meu trabalho. Eu disse que não precisava porque eu iria divulgar em outro lugar, eles insistiram e acompanhei eles”, relata.

Segundo Andresson, quando chegou à gerência, ele teve uma péssima surpresa. “Quando chegamos lá não era nada do que eles disseram. Eles me humilharam e já foram me agredindo verbalmente. Me chamaram de ‘viadinho’ e perguntaram ‘cadê o povo que estava lhe defendendo que não está aqui?’. Deram tapa na minha cara, me forçaram a baixar as calças e a cueca e quebraram meu aparelho de som, um módulo e arrancaram os fios. Em seguida eles pegaram um cassetete. Me desesperei, urinei nas calças e corri. Foi aí que as pessoas que estavam lá entraram na situação”, explica.

Andresson conta que após a sequência de humilhação e agressões ele não resistiu e desmaiou. “Eles me arrastaram pelo chão. O povo que estava ali e uma pessoa da administração ficaram comigo até eu acordar. Eu não registrei queixa na delegacia com medo de represália. Quando a viatura chegou eu tive que omitir tudo que passei sob ameaça dos seguranças”, afirma.

Ele afirma ainda que o dinheiro arrecadado com as apresentações sumiu. “O dinheiro que as pessoas me deram sumiu. Tudo estava revirado junto com o som. Eles tomaram meu celular e não me deixaram falar com ninguém”.

Segundo o cantor, seu sofrimento só chegou ao fim por volta das16 horas, quando chegou uma viatura da Polícia Militar, mas o que ele passou teve que ser esquecido. “Fui obrigado a concordar com tudo que eles falaram. Tive que concordar com a versão dos seguranças e não podia falar nada do que eles fizeram comigo”.

Andresson promete levar o caso a Justiça e advogados que viram a situação do cantor já estão se colocando à disposição. Assista o vídeo feito por populares no Centro de Abastecimento:


Classificação Indicativa: Livre

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