Denúncia

Assista: jovem acusa rodoviário de assédio em ônibus no Campo Grande

Publicado em 01/11/2016, às 20h52   Tony Silva


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A estudante de 21 anos, que preferiu se identificar apenas pelo prenome Natália, está acusando um cobrador de ônibus do consórcio Integra CSN, de assédio sexual e agressão, que teria ocorrido no transporte da linha Daniel Lisboa x Barra, na noite desta segunda-feira (31). “Ele me assediou e disse que se eu estava achando ruim não usasse short. Quando eu filmava indignada, ele bateu em meu braço para eu parar de filmar”, desabafa a jovem.

Segundo relato de Natália à reportagem do Bocão News, ao entrar no coletivo, no ponto do Teatro Castro Alves, no bairro do Campo Grande, o cobrador começou a fazer comentários sobre seu corpo e o short que ela estava usando. “Eu entrei, passei na catraca e ele começou a olhar para minhas partes íntimas e falar: ‘O que que é isso hein! Ave Maria’, e me chamou de gostosa, entre outras palavras que não quero repetir. Imediatamente eu me incomodei e disse que, não era pelo fato de estar usando um short curto, que ele tem o direito de me dizer aquelas coisas”, explica.

Ainda segundo a estudante, após repreender o cobrador, ele disse: “Você está com um short desse tamanho, quer o quê? Está achando ruim, não use short”. A partir daí Natália começou a discutir com o rodoviário. A jovem gravou um vídeo ainda no coletivo, minutos depois do fato e também publicou um desabafo nas redes sociais.

Nesta terça-feira (1), Natália foi a 1ª Delegacia Territorial (DT) dos Barris e registrou um Boletim de Ocorrência. Para compor o inquérito, o delegado solicitou o nome do rodoviário, mas ao chegar na garagem da empresa, uma funcionária se negou a passar o nome do cobrador e ainda aconselhou a jovem a desistir do processo.

“Achei que esse ato de machismo e desrespeito, que muitas mulheres passam diariamente, não deveria passar despercebido. Quando fui registrar ocorrência, precisei do nome do cobrador e ao chegar na garagem da empresa, a funcionária não passou os dados do rodoviário. Ela disse que somente faria isso com intimação da polícia. Além disso, ela aconselhou deixar esse absurdo para lá, mas não posso deixar pra lá, porque não só eu, mas várias mulheres passam por isso diariamente, pelo simples fato de uma roupa que quer usar”, desabafa.

Assista o momento da confusão no ônibus:


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