Polícia

Conflito entre grupos de milicianos deixa rastro de execuções

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Além das execuções, a polícia investiga outras atuações suspeitas  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Redes Sociais

Publicado em 04/12/2022, às 13h06   Camila Vieira



Grupos de milicianos disputam espaço e os conflitos já resultaram em pelo menos duas mortes. A disputa seria por terras irregulares em áreas da Zona Oeste do Rio e em parte de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A polícia investiga se um racha na milícia liderada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, teria provocado as execuções. Segundo a polícia, os assassinos usavam roupas pretas e capuzes e surpreenderam a vítima quando ela se preparava para entrar em um carro.  

O primeiro sinal de que uma nova disputa estaria ocorrendo aconteceu no dia 26 de novembro, quando um homem supostamente ligado a Rodrigo dos Santos, o Latrel, até então apontado como uma das lideranças do bando de Zinho, foi executado com tiros de fuzil no estacionamento de um mercado, em Campo Grande, na Zona Oeste.

A principal linha seguida pela especializada é a de que o assassinato foi praticado por homens da milícia. No mesmo dia, Latrel teria recebido ameaças no presídio Bandeira Stampa, o Bangu 9, onde aguarda julgamento desde que foi preso em março. Por precaução, ele foi transferido para uma outra galeria onde está separado dos ex-aliados.

Procurada, a Secretaria de Administração Penitenciária negou qualquer problema em Bangu 9 e disse, em nota, que “as transferências de internos fazem parte da rotina operacional da pasta”. Os crimes são investigados pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

Além das mortes, a polícia investiga outras atuações suspeitas. Há uma semana, um comboio com cerca de dez carros, ocupados por milicianos do bando de Zinho, foi visto circulando por pontos de Santa Cruz e Santa Margarida, na Zona Oeste, e pelo bairro Km32, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

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