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Caso Adriano da Nóbrega : MP pede arquivamento de processo contra policiais envolvidos na ação

Divulgação/ Polícia Civil
Vítima foi morta em uma fazenda a cerca de 160 km de Salvador após confronto com a polícia  |   Bnews - Divulgação Divulgação/ Polícia Civil

Publicado em 12/01/2024, às 14h28   Cadastrado por Bernardo Rego



A investigação em torno da morte do ex-capitão do Bope, Adriano da Nóbrega, morto em confronto com a polícia em fevereiro de 2020, ainda segue sem uma resposta definitiva. Nóbrega teria ficado “famoso” quando foi revelada a sua ligação com a família do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

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No dia do crime, ao notar a chegada dos policiais, reagiu e foi morto com dois tiros. A família afirma que foi uma execução sumária, uma queima de arquivo planejada para evitar que ele entregasse alguém de alto coturno do mundo político. O Ministério Público finalizou o inquérito, mas não conseguiu elucidar o crime. As informações são da revista Veja. 


A perícia da Polícia Técnica da Bahia afirmou que o ex-policial estava a cerca de 4,6 metros dos oponentes quando foi alvejado e chegou à conclusão de que ele teria morrido após ter recebido o segundo disparo. Para os peritos baianos, o miliciano foi atingido pela primeira vez, se desequilibrou e, enquanto caía, recebeu o segundo disparo. A Polícia Federal também considerou essa dinâmica como uma “hipótese válida”.

Os exames não identificaram a presença de chumbo nas mãos de Adriano, o que normalmente acontece quando alguém faz disparos, e ninguém conseguiu definir o que seria a queimadura arredondada no tórax do miliciano. Os exames não encontraram resquícios do metal.


Ainda segundo o laudo pericial, o ex-capitão foi alvejado por dois tiros, um que entrou pelo tórax à esquerda e percorreu trajeto de baixo para cima, provocando uma lesão no pescoço, e outro que partiu de cima para baixo, entrou pela clavícula direita e saiu pelas costelas.


No fim do ano passado, o MP enviou para a Justiça um parecer em que afirma não haver “lastro probatório mínimo” para formalizar uma denúncia contra os policiais que estiveram frente a frente com o miliciano, nem tampouco convicção para atestar que eles agiram no estrito cumprimento do dever, sem excessos. Em virtude disso, pediram o arquivamento do caso.

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