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Casal de rifeiros: veja o que já se sabe sobre as mortes em Barra do Jacuípe

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Novas atualizações sobre o caso, com outras linhas de investigação, estão sendo emitidas nesta semana  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram

Publicado em 14/12/2022, às 19h31   José Ivan Neto



A morte do casal de rifeiros segue recebendo atualizações diárias acerca do que teria acontecido na tragédia do último domingo (11), que ocorreu em Barra do Jacuípe, Camaçari, Região Metropolitana de Salvador. Rodrigo da Silva Santos, de 33 anos, e Hynara Santa Rosa da Silva, 39, foram assassinados à queima roupa na localidade Canto do Rio Jacuípe.

Linha da investigação 

O programa Balanço Geral, da TV Record Itapoan, informou que investigadores receberam um material afirmando que a ordem para matar o casal partiu do Complexo Penitenciário da Mata Escura, onde estariam os mandantes.

Tais suspeitos, ainda segundo o Balanço Geral, teriam envolvimento com o Complexo do Nordeste de Amaralina, local onde Rodrigo nasceu e cresceu. Ainda há informações de que um olheiro estava acompanhando Rodrigo e Hynara enquanto o casal passeava na marinha no condomínio. O olheiro, então, teria contatado os dois suspeitos que assassinaram o casal.

Segundo informações iniciais, os suspeitos chegaram na marina do condomínio por volta das 16h30, em um carro branco, e chegaram a beber no local. No momento em que o casal optou por sair da região, a dupla atirou contra Rodrigo e Hynara pelas costas.

Juninho Loppez, um cantor agenciado por Rodrigo, esteve acompanhado pelo casal no domingo e relatou os acontecimentos do fatídico dia ao BNews. “A gente passou de 15h até umas 17h30, que foi a hora que ele subiu pra levar o jet, só que ele subiu por outro caminho, já que ele foi de jet e a gente foi de barco. Daí eu peguei o carro e recebi a ligação". 

Antes da tragédia 

Um mês antes de ser morto, Rodrigo, que é conhecido como Digony nas redes sociais, publicou um vídeo alertando golpistas que tentam realizar fraudes em rifas. No vídeo, ele diz que está precavido da situação, mas que está atento.

Hynara, horas antes do crime, desabafou nas redes após sentir uma forte tristeza. O que motivou a rifeira a relatar o sentimento era a mágoa por não ter tido uma infância, ou mesmo uma adolescência, já que, segundo ela, era escravizada. Além disso, a rifeira confidenciou à influenciadora Bruna Luma que sonhou com a amiga sendo assassinada com tiros em um cemitério.

O casal, que ostentava uma vida de luxo com carros e festas nas redes sociais, além de serem vistos comumente com vários famosos, deixa dois filhos.

Estelionato

Após a morte de Hynara, veio à tona a informação de que a vítima foi, inclusive, condenada às penas de um ano e dois meses de reclusão, em regime aberto inicialmente, e 11 dias de multa, pela prática do crime de estelionato. O BNews teve acesso à decisão da Segunda Câmara Criminal da 2ª Turma do Tribunal de Justiça da Bahia.

A condenação, em um primeiro momento, era de oito meses de reclusão, mas o Ministério Público recorreu e a pena foi aumentada. Segundo o processo, em 2016, Hynara utilizou um cartão clonado para realizar um saque de R$ 4.500 da conta da vítima. Do lado de fora da unidade bancária, um comparsa, não identificado, a aguardava


Além disso, uma funcionária da agência em questão disse que, antes de sair, a rifeira comunicou que retornaria ao banco para realizar uma transferência de R$ 25 mil.

Quando ela retornou ao local, a Polícia Militar já estava em ação, já que a vítima recebeu mensagens eletrônicas acerca das transações e fez as denúncias. Ela foi presa em flagrante.

Polícia

Viaturas da Polícia Civil foram gravadas nesta terça-feira (13), enquanto realizavam uma ronda em Salvador para procurar os dois suspeitos responsáveis pelos homicídios.



O BNews entrou em contato com a Polícia Civil, que informou que a 33ª Delegacia Territorial/Monte Gordo vai investigar o crime. Equipes do Serviço de Invesitgação de Local de Crime da região "realizaram os levantamentos iniciais e expediram as guias periciais e de remoção". Ainda segundo a polícia, a autoria e a motivação ainda são desconhecidas.

Classificação Indicativa: Livre

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