Polícia

Advogado de família da baiana morta na Argentina aponta provas de um possível crime

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A baiana morta na Argentina caiu nua do sexto andar de um prédio em Buenos Aires  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais
Nilson Marinho

por Nilson Marinho

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Publicado em 12/04/2023, às 09h33



A família da baiana Emmily Rodrigues Santos Gomes, de 26 anos, morta em Buenos Aires, na Argentina, afirma que duas lesões encontradas no corpo da jovem, na zona direita do tórax e abdômen, podem ser as provas de que ela ofereceu resistência antes de ser empurrada do sexto andar de um prédio.

A autópsia concluiu que a morte de Emmily foi causada por "politrauma" e "hemorragias internas e externas". Ao todo, a jovem sofreu 29 lesões, mas o advogado da família da baiana utilizou as do tórax e do abdômen para reforçar a tese de que ela pode ter sido empurrada janela abaixo.

Ao jornal argentino Télam, o advogado Ignacio Trimarco afirmou que a borda da janela de onde Emmily caiu está a 90 centímetros do chão do imóvel, mesma altura do peito da vítima. “Se você quiser se jogar, você pula e pula de cabeça”, disse.

O apartamento pertence ao empresário argentino do agronegócio Francisco Sáenz Valiente, 52, principal suspeito do crime. Ele está preso. No momento da queda, uma médica brasileira, que teria levado Emmily para um after na casa do suspeito, também estava no local. Ela foi ouvida e liberada.

Valiente teria dito em depoimento que Emmily caiu após um “surto psicótico”. Um áudio divulgado pela imprensa argentina mostra que ele ligou para emergência e disse que uma mulher estava “meio que possuída” em sua casa. Na gravação é possível ouvir gritos ao fundo.

Defesa

A defesa do empresário diz que as lesões indicadas pelo advogado da família da vítima não são um indicativo de homicídio, e que o médico legista que fez a autópsia não identificou lesões defensivas. "O perito que fez a autópsia, que é a única opinião que importa em termos científicos, concluiu que não há vestígios de ferimentos ou marcas de tipo defensivo", disse ao Télam o advogado criminalista Rafael Cúneo Libarona.

O pai da baiana não acredita que a filha tenha se jogado após um surto psicótico, assim como duas de suas amigas que, em entrevista à TV argentina A24, afirmaram que Valiente seria um sugar daddy da médica brasileira e que ele a usava para atrair jovens para serem dopadas e estupradas pelo empresário.

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