Polícia

Amargosa: comerciante descreve clima de tensão após morte de criança

Imagem Amargosa: comerciante descreve clima de tensão após morte de criança
Moradores temem conflito com policiais na cidade  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 18/07/2014, às 06h26   Alessandro Isabel (Twitter: @alesandroisabel)




Os moradores de Amargosa, cidade localizada no Recôncavo Baiano, permanece em estado de alerta. Nesta quinta-feira (17), o clima de tensão permanece no município que registrou série de ataques motivados pela morte de uma criança de um ano durante ação policial.

De acordo com um comerciante, centenas de pessoas seguem concentradas em frente ao fórum da cidade. Dentro do local, seguem reunidos, a prefeita Karina Silva, o secretário de Segurança Pública, Mauricio Barbosa, além do promotor, juiz, delegada. Eles tentam garantir a ordem pública depois da onda de violência que deixou o saldo de 18 carros, um ônibus escolar, oito motos, duas casas e a delegacia em chamas.



Além dos incêndios, as celas da unidade policial foram abertas e os 16 presos liberados. Delegada, juiz e promotor sofreram ameaças e tiveram que se refugiar em um quarto de hotel. O diretor do Departamento de Polícia do Interior (Depin), delegado Moisés Damasceno, e a corregedora-chefe da Corregedoria da Polícia Civil (Correpol), delegada Heloísa Campos de Brito, também foram encaminhados para a cidade e investigam o caso.

O comerciante fechou o estabelecimento e teme por confronto entre moradores e policiais. "O clima ainda é de muita tensão. Existe uma parte da população que protesta pela possível impunidade, mas existem alguns arruaceiros infiltrados que se aproveitam da situação para provocar o caos". 



Por meio de comunicado oficial, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que adotou todas as providências necessárias para retomar a normalidade no município. Além do efetivo da cidade, a Polícia Civil conta com mais 36 policiais no local, entre delegados e investigadores, além de várias equipes da Polícia Militar, inclusive do Batalhão de Choque.

Por determinação da Corregedoria, a arma do policial civil que participava da operação e de quem teria partido o projétil que atingiu a criança, foi apreendida e será encaminhada para perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT). O local onde ocorreu o episódio também passará por perícia. Delegados da Correpol estão na cidade para ouvir testemunhas e o policial envolvido. Um inquérito e um procedimento administrativo serão abertos para apurar o caso. 

Fotos: Portal Bahia News


Nota originalmente postada dia 17

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