Patrick Oliveira, diretor da Aspra ligada aos policiais militares da Bahia e seus familiares, procurou o Bocão News na manhã deste sábado (28) para denunciar o que estão vivendo os servidores que foram transferidos para Porto Seguro a fim de reforçar a segurança da região.
Segundo ele, não foi oferecido aos policiais diárias pelos dias trabalhados, apenas os pagamentos de horas extras. “Quando o estado transfere você de um lugar para o outro ele tem que te compensar”, diz. O alojamento também foi reclamado por um grupo de policiais saído de Jequié. Eles alugaram uma casa com o dinheiro do próprio bolso. “Não tinha (no alojamento) armário para eles guardarem as coisas, fora o desconforto de conviver tanto tempo no mesmo lugar com várias pessoas”, afirma Patrick. Além disso, nos dias de folga, os servidores não têm transporte para visitas as famílias. Ou seja, eles precisam pagar para voltar para a cidade onde mora. 
A Operação Verão de Porto Seguro deve durar até março do ano que vem. A Polícia Militar, porém, esclarece que as informações não são verdadeiras. Por meio da assessoria de comunicação da corporação, o comando argumenta que os policiais estão sendo mantidos em Porto Seguro em condições adequadas e que o alojamento tem boas condições de instalação, incluindo ar-condicionado em todos os quartos.
Os policiais esclareceram que os que alugaram uma casa com o próprio dinheiro o fizeram por opção própria, mas não por falta de condições. A PM esclarece que nove dos 60 soldados escalados para a atuação em Porto Seguro desejaram usufruir de maior privacidade e liberdade nos dias de folga, uma vez que a permanência no alojamento exige cumprimento de regras militares, como é de praxe. Aos patrulheiros, porém, é facultativo deixar o alojamento e eleger um abrigo alternativo para as folgas.
Já sobre o pagamento das diárias, o comando da PM ainda não se manifestou.
* Matéria originalmente publicada às 18h09 de sábado (28)
