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Kátia lamenta profundamente o que aconteceu, garante advogado

Imagem Kátia lamenta profundamente o que aconteceu, garante advogado
Em depoimento, acusada de matar irmãos chorou, se negou a responder perguntas e não assistiu aos vídeos  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/12/2013, às 09h59   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)



Mais detalhes sobre o depoimento da médica Kátia Vargas foram revelados pelo advogado da acusada de matar os irmãos Emanuel e Emanuelle, Sérgio Habib. De acordo com ele, a médica estava bastante abalada e por isso não respondeu algumas perguntas dos promotores do Ministério Público. O dia do acidente também foi narrado pelo defensor.

“Ela saiu de uma aula de dança e ia resolver algumas coisas. Ao invés de pegar a sinaleira à esquerda, ela pega à direita. Involuntariamente, ela pode ter fechado a moto e o piloto não ficou satisfeito com isso e começou a gesticular. Não foi ela que tomou a fechada , ela não tinha porque estar chateada com isso. Ele é que estava chateado porque tinha tomado a fechada”, argumentou.

Este foi o primeiro depoimento de Kátia Vargas e o magistrado ressaltou a importância dele. Habib ainda assegurou que a média contou apenas o que aconteceu: “que não houve o choque em nenhum momento do carro com a moto e o que aconteceu foi um acidente. Não houve brigas. Apenas ela narra em um determinado momento que o rapaz da moto teria dado um soco no vidro do carro, e ela teria se assustado com isso, mas não houve discussão”.

Garantindo que não houve colisão entre o carro e moto, Habib ressalta que tanto a perícia do Departamento de Polícia Técnica quanto a do perito contratado pela família da médica, Ricardo Molina, não confirmam a colisão. “O que o Ministério Público está dizendo, com base em uma testemunha, que houve uma colisão com a parte posterior da moto. E isso não está provas. As fotos desmentem isso”.

O defensor ainda contou sobre o estado físico da acusada. Segundo ele, Kátia continua abalada e ao rememorar os fatos chorou e ficou consternada. Nesse momento, a médica preferiu não mais falar.

Já o promotor Daniel Keller contou à reportagem que a médica disse não lembrar de alguns fatos. Não viu o momento da batida da moto no poste, pois já tinha ultrapassado. Mas, no momento em que os vídeos seriam mostrados, Kátia se recusou a assisti-los. “Eu acredito que nesse momento a moto tenha se desgovernado e tenha batido. Foi uma fatalidade”, rebateu Habib.

O defensor garantiu que irá trabalhar pela soltura da médica nos próximos dias. O júri popular não abala a defesa da médica. “O júri pode acontecer. Agora, antes de acontecer muita coisa ainda pode acontecer. Se tiver que ir a júri, não tem problema nenhum”. 



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Publicada no dia 12 de dezembro de 2013, às 17h41

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