Vídeo: jornalistas são agredidos por advogado em delegacia
Publicado em 22/11/2013, às 06h24 Alessandro Isabel (twitter: @alesandroisabel)
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Agressão verbal e física. Assim profissionais da imprensa foram recepcionados na manhã desta quinta-feira (21) por um advogado responsável pela defesa de dois homens detidos durante a 'Operação Minotauro'.
A confusão foi registrada na saída de Daniel Pinheiro de Queiroz Filho e Edson Fonseca Júnior – ambos prestavam depoimento na sede da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap) -, em Salvador, quando o advogado de defesa tentou impedir o trabalho da imprensa.
“Ele segurou minha câmera e mandou apagar as fotos. Foi bruto e quase danificou o equipamento”, relatou Juarez Matias, fotógrafo do Bocão News, que conseguiu escapar com o apoio de um cinegrafista.
Outros profissionais foram agredidos pelo advogado que ameaçou os jornalistas e repórteres presentes. ”Colocou a mão nas lentes e fotografou todo mundo. Uma forma de tentar intimidar o trabalho. Não atrapalhamos o trabalho dele e ele não tem o direito de atrapalhar o nosso”, desabafa Carlos Bautista, que também trabalha com reportagem.
Um vídeo feito pela reportagem do Bocão News mostra o momento da confusão. O advogado, acompanhado de um funcionário dos acusados, seguravam as lentes e câmeras na tentativa de atrapalhar o registro das imagens. O advogado, que não se identificou, agrediu o repórter da TV Bahia Genildo Lavinsk e o clima esquentou na frente da delegacia.
Os presos foram levados para a o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para serem submetidos a exames e em seguida para a sede da Polícia Interestadual (Polinter), no complexo de delegacias dos Barris, na capital baiana.
O empresário e o contador foram detidos durante a 'Operação Minotauro' organizada pela Força-Tarefa composta pelas Secretarias da Fazenda (Sefaz-Ba), de Segurança Pública (SSP) e Ministério Público do Estado (MPE), a ação foi realizada na Bahia e em mais quatro estados: Rio de Janeiro, Sergipe, Minas Gerais e Pará.
O objetivo da Minotauro foi desarticular grupo, liderado por empresário do Pará, cujas ações geraram prejuízos para os cofres públicos estimados em R$ 20 milhões. Atualmente, o valor do crédito reclamado em nome das empresas, ou seja, com autos de infração já lavrados, é da ordem de R$ 6,2 milhões. O grupo atua no comércio atacadista de carnes e derivados e produtos alimentícios.
Matéria publicada originalmente às 13h41 em 21 de novembro de 2013
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