Polícia

Yulo considera crime atitude da PM em vídeo de tortura

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Para o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alba considera excessiva ação da PM  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 26/06/2013, às 16h33   Juliana Costa (Twitter: @julianafrcosta)



O vídeo enviado à reportagem do Bocão News nesta quarta-feira (26) chocou muitas pessoas. Na ocasião, um policial militar fardado aparece torturando um casal no município de Candeias. Em contato com o Bocão News, o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Yulo Oiticia (PT), considerou excessiva a atitude.

“Policial militar tem o dever de garantir a segurança das pessoas. Ele tem o direito de usar armas somente para defender o patrimônio público ou até mesmo para defender outras pessoas. Qualquer excesso de força por parte da polícia é crime. Se neste caso, as pessoas não reagiram a nenhuma agressão, isso deve ser considerado crime. Tortura no Brasil é crime”.

O vídeo circula pelas redes sociais e com pouco mais de um minuto é possível ver um homem de boné e uma mulher despida dentro de um barraco. Eles são obrigados e colocar as mãos para que o policial, com um pedaço de madeira, agrida os dois. A jovem se contorce de dor, enquanto o homem observa assustado. Ele também termina recebendo pauladas nas mãos.

Também em contato com a presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Alba, Neusa Cadore (PT), a mesma não quis se pronunciar, já que não tinha visto o vídeo. “Como não vi não posso me comprometer”.

Oiticica ressaltou que o casal agredido pode denunciar a ação nas reuniões da Comissão de Direitos Humanos da Alba. “Isso precisa ser investigado. Vamos aguardar o casal para que sejam punidos”.

A Polícia Militar da Bahia também se pronunciou sobre o vídeo. Em nota informou: “Com base nas imagens disponibilizadas por este veículo de comunicação, a Polícia Militar da Bahia repudia a agressão física cometida por um policial militar a um casal e afirma que não tolera este tipo de conduta e que a mesma não condiz com os princípios e valores que integram o processo de formação dos policiais militares”. Responsável
Comunicação da Polícia Militar do Estado da Bahia, Capitão Pita, considerou "extremamente lamentável" a atitude da PM.

Veja o vídeo aqui


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