Polícia
Publicado em 05/02/2012, às 15h18 Juliana Rodrigues
Bem diferente do clima tenso e inseguro que é visto na cidade de Salvador, onde a população divide o espaço público com homens do exército, na Assembleia Legislativa da Bahia a tranquilidade parece reinar. Em seis dias de greve, policiais militares ocupam a “casa do povo” e fazem jus ao nome da sede.
Bem organizados, os manifestantes dividem as tarefas e o armazenamento de alimentos doados por familiares. Uma grande mesa é arrumada com frutas, café, água, pão e mingau, onde todos se servem sem problemas. Os grevistas também se revezam para fazer a limpeza e conservação do local, embora as condições sejam precárias, sem muita ventilação e com colchões espalhados pelas escadas do prédio.
O que era pra ser um abrigo para integrantes do movimento, parece uma grande casa de veraneio, com bolas e chocolates para os filhos dos policiais, que brincam sossegados no local. Mediador do movimento, o pastor Sargento Isidório é responsável por comandar as orações e levar para os presentes a mensagem de paz. Em uma grande roda, policias, esposas e filhos dão as mãos e rezam.
Em outro ponto da Assembleia há uma mesa com o médico voluntário, Oscar Rojas, que presta atendimento como vereficação de pressão arterial e glicemia dos grevistas. Mas o cenário que parece ser de tranquilidade é interrompido pela tensão, quando os policias aparecem vestidos com coletes e armados, embora não ostentem.
Foto: Roberto Viana//Bocão News
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