Polícia

Preso empresário suspeito de envolvimento em sonegação de R$ 50 milhões

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Com Alexandre Lobo Pinto, 45, em um imóvel no Horto, foram encontradas armas e munições  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 27/11/2019, às 14h16   Redação BNews



O proprietário da loja Sniper, Alexandre Lobo Pinto, que comercializa armas e munições em Salvador, foi preso nesta quarta-feira (27) durante a Operação Enyo, que desarticulou o esquema de sonegação fiscal. De acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz), a dívida da empresa é de pelo menos R$ 50,2 milhões. A loja fica na Rua Odilon Santos, no Rio Vermelho.

Em conversa com o BNews, a assessoria da Sefaz informou que o montante da dívida pode ser muito maior, já que este valor se refere aos registros que constam no sistema do órgão, que alega que parte das vendas eram feitas sem nota fiscal. A investigação aponta que as transações eram feitas somente por depósitos bancários, sem utilizar máquinas de cartões de crédito ou débito, e com a ajuda de "laranjas". No total, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, e um de prisão.

O promotor de Justiça Hugo Casciano de Santana afirmou que Alexandre Lobo foi preso durante a operação por tentar ocultar e destruir provas. Ele ressaltou que parte do valor apreendido pode ser devolvido aos cofres públicos, e que já foram bloqueados R$ 2,5 milhões das contas dos investigados.

Na loja Sniper são vendidas simulacrosconhecidos como "airsoft", e também armamentos e munições reais. No Brasil, só pessoas com o Registro de Arma de Fogo podem comprar legalmente. De acordo com a assessoria da Sefaz, também é investigada a possível comercialização de armas pelo estabelecimento, sem a comprovação do documento que permite a posse ao cidadão. 

Os envolvidos no esquema da empresa, segundo a delegada Nayara Brito, da Delegacia de Repressão aos Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), já estavam sendo monitorados há algum tempo. 

 “Fizemos um acompanhamento de perto da empresa e notamos nos últimos dias uma movimentação fora do normal dos funcionários e do próprio investigado, inclusive depois do horário comercial, por isso a necessidade de efetuar a prisão, pois notamos fortes indícios de ocultação de provas”, explicou.

O BNews tentou entrar em contato com o número da Sniper disponibilizado na internet, mas até o momento da publicação da matéria, não obteve resposta.

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