Polícia

Secretária de Políticas para as Mulheres diz que DJ que agrediu ex-namoradas poderá usar tornozeleira eletrônica

Arquivo pessoal
O fato de ter havido agressão física e histórico de violência e de medidas protetivas contra o DJ leva as autoridades a investigarem os casos com muito mais cuidado  |   Bnews - Divulgação Arquivo pessoal

Publicado em 07/01/2019, às 21h36   Márcia Guimarães



A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM) está acompanhando o caso da bacharel em Direito Juliana Galdino, 26 anos, que afirma ter sido agredida pelo ex-namorado, João René Espinheira Moreira, 33 anos, conhecido como DJ John Oliver. Apesar dele ter alegado legítima defesa, o histórico de violência contra diversas mulheres chamou a atenção das autoridades.

Para a secretária da SPM, Julieta Palmeira, o fato de ter havido agressão física e histórico de violência e de medidas protetivas contra o DJ leva as autoridades a investigarem os casos com muito mais cuidado, pois a violência doméstica tem sido cotidiana e a sociedade “não pode aceitar que isso seja normal”.

“Nesse caso, a medida protetiva foi tomada e eu acredito que a Justiça deve estar encaminhando esse processo investigatório. Inclusive, se for necessário, haverá a aprovação de tornozeleira eletrônica, que o Estado e o Governo têm disponibilizado para o Tribunal de Justiça. Se há uma ameaça grave e, principalmente, violência reiterada vezes, como é o caso dele, uma tornozeleira eletrônica daria mais segurança à mulher que está em situação de violência, como Juliana. Óbvio que isso depende da análise da Justiça”, apontou a secretária.

Julieta declarou toda a solidariedade à vítima, pois, independente da investigação, “Juliana foi agredida por uma pessoa que tem um grave histórico desde 2008, inclusive contra uma ex-sogra e uma ex-namorada”. “Não é possível, com histórico desse, que Juliana esteja criando uma história que não corresponda à realidade”, acrescentou. 

A secretária destacou que cabe à toda sociedade e ao governo acompanhar o caso. “Eu vou monitorar a progressão do inquérito na vara especializada, porque entendo que se trata de uma violência grave, cometida por uma pessoa que tem feito isso reiterada vezes. Essa violência pode resvalar para violências mais graves, então não podemos deixar de prevenir efetivamente. Por isso, que acho que o Tribunal de Justiça poderá analisar outras formas de buscar que ele não rompa com a medida protetiva já aprovada, que no caso é a de afastamento”, avaliou. 

Ela disse que, como Juliana está com medida protetiva, cabe também a ação da Ronda Maria da Penha. A secretária prometeu que ligará para os responsáveis pela Ronda para ver essa possibilidade de já fazer esse acompanhamento da bacharel. 

Julieta lembra que uma questão fundamental é, na hora do boletim de ocorrência feito na delegacia, a vítima dar todos os dados necessários para subsidiar o inquérito que vai ser processado nas varas. Isso faz com que as autoridades tenham informações suficientes para a Justiça analisar. “A gente tem feito um esforço para alertar nas delegacias que se colha os dados de forma bem rica para que o inquérito possa ser processado”, informou.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp