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Nova operação da PF em Sergipe busca despatrimonializar organização criminosa, diz investigador

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Investigações começaram em 2020 para apurar supostos desvios de recursos públicos destinados ao enfrentamento à Covid no município de Pacatuba  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 25/08/2022, às 17h19 - Atualizado às 17h53   Redação BNews


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A Operação Palude 2, realizada na manhã desta segunda-feira (25) pela Polícia Federal em Sergipe com o objetivo de cumprir mandados de busca e apreensão para apurar supostos desvios de recursos destinados ao enfrentamento da Covid-19 e outros serviços públicos, buscou aprofundar as investigações da primeira fase, ocorrida em 2020.

"Nessa fase, visamos despatrimonializar a organização criminosa, ou seja, identificar o patrimônio obtido através do meio ilícito e com a prática, e a partir de então efetivar medidas de sequestro para que essas pessoas não tenham acesso ao patrimônio e suas ações criminosas sejam frustradas", afirmou em coletiva o Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado da PF em Sergipe, Frederico Rosa.

A Palude 2 também identificou outras pessoas envolvidas, que não tinham sido identificadas na primeira fase da operação.

"Eles faziam com que pelo menos três empresas, todas do mesmo grupo, participassem das licitações. Com essa atuação, não há competitividade e frustra-se o caráter da licitação, que é a competitividade para se buscar o menor preço. Elas dominam o processo licitatório, estipulando os preços que eles querem, conseguindo ganhos melhores", detalhou Aldo Amorim, chefe do setor de inteligência da PF sergipana. A operação também foi realizada nos estados da Bahia, Alagoas, Espirito Santo e Rio Grande do Sul.

As investigações começaram em 2020, com a finalidade de apurar supostos desvios de recursos destinados ao enfrentamento à Covid no município de Pacatuba. Segundo a PF, elas ratificaram as suspeitas da Controladoria-Geral da União (CGU) quanto à ocorrência de irregularidades na contratação e execução dos serviços e, ainda, na destinação dos recursos ao município, no montante de R$ 1.071.221,90.

Na primeira fase, os trabalhos indicaram que as seis empresas convidadas a participar das licitações suspeitas compunham a mesma organização criminosa. Também foram apreendidas planilhas em poder dos investigados, que haviam indicado, de forma preliminar, prejuízos aos cofres públicos de mais  de R$ 21 milhões. 

Até o final da manhã, sete pessoas haviam sido detidas, sendo três delas em Sergipe. A operação também ocorre nas cidades baianas de Cipó, Itapicuru e Ribeira do Pombal, além dos municípios de Maceió (AL), Barra de São Miguel (AL), Marechal Deodoro (AL), Vitória (ES) e São Borja (RS), Foram expedidos nove mandados de prisão preventiva e 61 mandados de indisponibilidade de bens.

Os envolvidos responderão por corrupção passiva, corrupção ativa, peculato, dispensa indevida de licitação, fraude à licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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